Conheci Mario Casas pela Netflix. Nunca tinha visto nem ouvido falar desse ator espanhol, de 33 anos, que começou a carreira na TV em 2005. O primeiro filme dele que vi foi Um Contratempo (que é também um dos melhores) e, aí, passar a engatar quase um atrás do outro – e todos bem bons.
Vi também a série Instinto, disponível no Amazon Prime Video.
Agora, com A Casa, da Netflix, Casas voltou à cena novamente.
Casas, o novo galã espanhol, é namorador. Desde 2010, engatou um romance atrás do outro – e sempre com atrizes. O mais recente foi com Blanca Suaréz, da série As Telefonistas, com quem rompeu no fim de 2019.
O bonitão, portanto, está solteiro, mas trabalhando muito. Garoto-propaganda da grife Bulgari, ele tem três filmes ainda para estrear em 2020 e vai começar a gravar a série El Inocente, também para a Netflix.
Confira abaixo os oito (bons) filmes de Mario Casas disponíveis na Netflix
Sob a Pele do Lobo > Com poucos diálogos e poderosas imagens da natureza, o filme acompanha a saga de Martinón (Casas), um eremita que mora nas montanhas nevadas e, vez por outra, desce a um vilarejo para trocar peles de animais por alimentos. Em uma viagem, um comerciante vende sua jovem filha ao forasteiro. Começa aí um drama de tintas trágicas a respeito de um homem que, ao driblar a solidão forçada, encara o desafio do convívio social.
O Bar > Um cliente é morto na porta de um bar em Madri. O tiro veio de lugar incerto. À espera da polícia ou de algum tipo de socorro, os fregueses decidem fechar-se no estabelecimento, mas embarcam numa paranoia coletiva. Tensão, humor e ritmo agitado numa história alucinante.
Palmeiras na Neve > Gosta de um novelão hipnotizante? A dica então é encarar as quase três horas de duração de uma saga familiar ambientada em várias épocas. Na década de 50, dois irmãos saem da Espanha para trabalhar com o pai, funcionário numa plantação de cacau, na Guiné Espanhola, então colônia do país europeu. Enquanto Jacobo (Alain Hernández) é mulherengo, Killian (Casas) se apaixona pela filha de um amigo, papel de Berta Vázquez (foto). Em 2003, a destemida Clarence vai às terras africanas para saber por que seus parentes enviavam dinheiro a uma mulher.
Um Contratempo > Um casal de amantes provoca um acidente de carro com vítima. Meses depois, a mulher é encontrada morta num hotel. Ele (Mario Casas) se torna o principal suspeito e contrata uma advogada para defendê-lo. Mas há muita sujeira varrida para debaixo do tapete.
Mi Gran Noche > O diretor Álex de la Iglesia (de O Bar) faz filmes movidos por histórias/paródias em ritmo frenético. Desta vez, o foco recai sobre figurantes, que participam da gravação de um show de réveillon de uma emissora de TV. O realizador/roteirista perambula pelo salão e pelos corredores flagrando desde casais que se formam até astros mimados nos bastidores. Casas, de madeixas longas e loiras, encarna um divertido cantor em ascensão.
Toro > Casas interpreta o personagem-título, um sujeito que pretende sair do mundo do crime, mas, em sua despedida, é flagrado com seus dois irmãos numa tentativa de roubo. Em liberdade condicional, leva uma vida sem problemas como motorista de táxi. Até que seu mano, atolado em dívidas com um contraventor, pede sua ajuda para reencontrar a filha, que foi raptada pelo bandido. A jornada ao inferno segue em meio a mortes, tiros, perseguições e lutas, em desafio corporal para o protagonista.
O Fotógrafo de Mauthausen > Mario Casas interpreta Francesc Boix, o assistente do fotógrafo do campo de trabalho escravo de Mauthausen, para onde eram levados, além de assassinos, judeus poloneses e espanhóis expatriados pelo ditador Francisco Fran¬co. Sua missão era nobre: esconder fotos e negativos para expor ao mundo as atrocidades cometidas pelos nazistas. A trama, ambientada em 1944, tem elementos do drama e do suspense.
A Casa > Javier Muñoz, papel de Javier Gutiérrez, está à beira do desespero. Publicitário desempregado há um ano, ele não encontra trabalho por ser considerado ultrapassado. Suas economias estão acabando e só resta desocupar o belo apartamento alugado em Barcelona e mudar-se com a família para um imóvel menor e modesto. Inconformado, Javier só tem um objetivo em mente: aproximar-se do empresário Tomás (Mario Casas), que, agora, mora com a esposa e a filha na casa que foi sua. Há várias leituras para uma trama pontilhada de temas interessantes, como o alcoolismo, a desestabilidade psicológica provocada pelo desemprego e, sobretudo, as atitudes extremas que levam o protagonista a exterminar os laços afetivos em nome de um bem material. Numa época de pandemia, em que a distribuição de renda e o futuro da humanidade são repensados, o filme cai como uma luva.
Quer me seguir nas redes sociais? Anote:
Facebook: facebook.com/paginadoblogdomiguel
Twitter: @miguelbarbieri
Instagram: miguelbarbieri
YouTube: Miguel Barbieri Jr.