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Netflix e Amazon: os 23 melhores filmes sobre o universo LGBTQ+

Entre as atrações estão Freehel e o novo The Boys in the Band

Por Miguel Barbieri Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 2 out 2020, 13h51 - Publicado em 1 out 2020, 10h19
Cenas de Freeheld e The Boys in the Band (Divulgação/Divulgação)
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The Boys in the Band, que estreou na quarta (30) na Netflix, me levou a fazer essa lista. Mas não me fixei apenas em filmes sobre homossexuais masculinos. Fui atrás de longas-metragens que abordam o universo GLBT, com gays, lésbicas, bissexuais, transexuais e transgêneros. Espero que goste. Tem filmes na Netflix e no Amazon Prime Video, divididos pelas plataformas.

No Amazon Prime Video

Retablo > Indicado pelo Peru para concorrer ao Oscar 2020 de melhor filme internacional, o drama tece um suave (mas também incômodo) retrato da homossexualidade num remoto vilarejo dos Andes. Noé (Amiel Cayo) é casado e pai de Segundo (Junior Bejar), um adolescente de 14 anos. Ambos são conhecidos na região por fazer retablos, artesanato em madeira, como pequenos altares para santos ou cenas familiares. O diretor e roteirista Alvaro Delgado Aparicio, em seu primeiro longa-metragem, tarda a expor a sexualidade de um dos personagens (convém não revelar nada além disso), que vai culminar em atos agressivos vindos de uma sociedade católica e conservadora. Mais do que um “filme gay”, Retablo trata da relação tão harmoniosa entre pai e filho, ameaçada pela intolerância.

Soldiers. Story From Ferentari > Exibido no Festival de San Sebastián em 2017, o filme tem um inusitado romance desenrolado no bairro mais pobre de Bucareste. É em Ferentari que chega o antropólogo Adi (Adrian Schiop), disposto a conhecer a música pop cigana para sua tese. Abandonado pela namorada, ele começa a se envolver com Alberto (Vasile Pavel). Esse cara grandalhão, que ficou na cadeia por catorze anos, é um encrenqueiro de boa vontade. Quer arranjar um emprego, mas torra a grana no jogo. Os atores (não profissionais) estão desconfortáveis nas cenas íntimas e isso faz parte da direção da romena Ivana Mladenovic, já que, a princípio, o caso gay parece improvável. O sincerão Alberto, sem pudor para relembrar seu passado sexual na cadeia, se desarma diante do amado — e a dura realidade marca presença no relacionamento de personagens muito distintos.

Freeheld > O drama foca Laurel Hester (Julianne Moore), detetive do condado de Ocean, em Nova Jersey. Lésbica dentro do armário por temer o preconceito de seus colegas, Laurel conhece, no início dos anos 2000, a mecânica Stacie Andree (Ellen Page), uma jovem com idade para ser sua filha. O romance engrena, elas formalizam uma união estável, mas Laurel é pega de surpresa por um câncer no pulmão em estágio terminal. Começa aí uma batalha para que sua namorada fique com os benefícios de sua pensão após a morte.

Além da Fronteira > Uma história de amor pulsante entre Nimr Mashrawi (Nicholas Jacob), que vive num vilarejo palestino e o judeu Roy Schaefer, que trabalha como advogado em Tel-Aviv. Eles se conhecem numa boate e, dias depois, se reencontram. Nimr consegue uma bolsa para estudar numa universidade e, assim, fica longe de sua família alguns dias da semana. Aproveita a folga para ver o namorado. Mas os conflitos estão apenas começando.

Kelet > Em menos de uma hora, a diretora Susani Mahadura aborda o cotidiano de Kelet. Ela saiu de Manchester, na Inglaterra, para morar numa cidade da Finlândia, onde faz shows em boates. A transexual, contudo, quer seguir os passos da diva Naomi Campbell e entrar para o universo da moda. Kelet e uma amiga explicam as dificuldades de se firmar em outro país e o preconceito dos finlandeses, que só as enxergam como figuras exóticas, também por serem negras.

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Últimos Dias em Havana > São dois protagonistas de posições opostas. De um lado está o amargo Miguel (Patricio Wood), um cinquentão lavador de pratos que, contrário ao regime comunista de Cuba, sonha em ir para os Estados Unidos. Na outra ponta encontra-se Diego (Jorge Martínez), um gay efusivo e com avançados problemas de saúde por causa do vírus da aids. 

O Amor É Estranho > O artista plástico aposentado Ben (John Lithgow) e o professor de música George (Alfred Molina) são companheiros há 39 anos. Pouco tempo depois de se casarem, precisam vender o apartamento do Greenwich Village, em Nova York, por um triste motivo: George perdeu o emprego em um colégio católico após sua união vir à tona. Sem muita grana e desnorteado, o casal toma rumos distintos.

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Na Netflix 

Elisa y Marcela > Elisa (Natalia de Molina) é a primeira a receber Marcela (Greta Fernández) numa escola católica de Corunha, em 1898. Sobrinha da diretora do colégio, Elisa tem privilégios e liberdade, ao contrário de Marcela, vigiada por um pai tirano e proibida por ele de ler livros. Brota entre as moças um amor impossível e interrompido por três anos. Já em 1901, num vilarejo da Galícia, elas vão se reencontrar, lecionar para crianças e poder concretizar o sonho de morar como um casal. O filme traz à tona uma história real que abalou as estruturas das conservadoras sociedades espanhola e portuguesa no início do século XX. Com bela fotografia em preto e branco, a diretora Isabel Coixet apimenta o filme com uma caliente cena de sexo, mas desenrola um romance pioneiro com encantamento.

Revelação > O mundo mudou e é preciso entender as transformações. Trata-se de um bom e rico documentário sobre o papel dos e das trans no cinema e na sociedade. A atriz Laverne Cox, a primeira a concorrer ao prêmio Emmy, em 2014, por Orange Is the New Black, e o diretor Yance Ford, do premiado documentário Strong Island, são algumas das personalidades que explicam como filmes e seriados macularam, durante décadas, a imagem de trans. Do travestismo de Tootsie, Yentl e Uma Babá Quase Perfeita às piadas grosseiras nos programas de TV, nada passa incólume pelo crivo dos entrevistados. Além do amplo painel audiovisual, há informações importantes sobre como a visibilidade trans fez crescer a transfobia e, por tabela, os assassinatos.

The Boys in the Band > A peça homônima fez sucesso no circuito off-Broadway no fim dos anos 60 e virou filme em 1970, dirigido por William Friedkin (O Exorcista). O remake tem o onipresente Ryan Murphy (da recente série Ratched) de produtor executivo. Pouca coisa mudou no texto de Mart Crowley, e quem não gosta de “teatro filmado” pode achar aborrecido. Toda ambientada num apartamento, a história gira em torno de uma festa e seus inesperados desdobramentos. Michael (Jim Parsons) recebe seus amigos para comemorar o aniversário de Harold (Zachary Quinto). Mas um ex-¬colega de escola aparece de surpresa. Alan (Brian Hutchison) estudou com Michael, é hétero, casado, tem filhos e nem desconfia que os convidados, incluindo o anfitrião, são gays. Embora se desenhe como uma comédia, o roteiro se encaminha para o drama, cada vez mais denso e pesado. Em 1968, numa era pré-aids, questões como liberdade sexual e homofobia recebem tratamentos adequados da época. Mas o que importa, agora, é a variedade de tipos e comportamentos homossexuais reunidos num único espaço, tão plural como nos dias de hoje. O elenco, só de atores gays, reúne, além de Parsons, Quinto e Hutchison, Matt Bomer, Andrew Rannells, Charlie Carver, Robin de Jesus, Michael Benjamin Washington e Tuc Watkins, todos excelentes em suas performances, sejam elas mais intimistas ou espalhafatosas.

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Handsome Devil > No filme irlandês, Ned (Fionn O’Shea) é obrigado pelo pai e pela madrasta a estudar num internato. Lá, é humilhado pelos valentões por ser gay, mas, aos poucos, ganha o apoio e a confiança de Conor (Nicholas Galitzine), seu colega de quarto, que é um dos craques do time de rúgbi. Sem forçar a barra, a história da amizade entre eles comove e uma inusitada saída do armário é para aplaudir.

Meu Melhor Amigo > A descoberta do desejo homossexual é o tema do delicado drama argentino, ambientado na Patagônia. Na trama, o adolescente Lorenzo (Angelo Mutti Spinetta) tem seu cotidiano modificado quando seus pais acolhem em casa Caíto (Lautaro Rodríguez), um jovem que é filho de amigos de Buenos Aires. O convívio entre os rapazes vai fazer aflorar sentimentos até então desconhecidos.

Moonlight > O drama que tirou o Oscar 2017 de melhor filme de La La Land narra, em três períodos, a trajetória de um personagem em conflito com sua homossexualidade. Da infância problemática à vivência num internato e chegando à vida adulta como traficante.

Loev > No raro filme gay indiano, dois ex-namorados se reencontram para passar um fim de semana juntos. Jai mudou para Nova York e virou um empresário de sucesso enquanto Sahil ficou em Mumbai numa precária situação financeira.

Hoje Eu Quero Voltar Sozinho – No gracioso filme brasileiro, um garoto cego se vê apaixonado por um adolescente que acabou de chegar à sua escola.

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Mãe Só Há Uma > Pierre (papel de Naomi Nero), um jovem de 17 anos que transita entre gêneros, é músico em uma banda de rock, pinta as unhas, gosta de se vestir de mulher e transa sem compromisso com garotas, embora também tenha uma queda por homens. Um rapaz em conflito entra num redemoinho de emoções maiores quando descobre que aquela que ele considera sua mãe o raptou, recém-nascido, da maternidade.

Mater > Lena e Celeste são namoradas e querem ter um filho. Numa boate, escolhem Dario, sem saber que ele é filho da patroa de Celeste. O rapaz, porém, será obrigado a fazer sexo à força. Além de ter uma mãe superprotetora, ele não amadureceu. Drama e humor em bom registro dos relacionamentos dos tempos modernos no filme argentino.

Minhas Famílias > Hao Wu se sentia um estranho no ninho na China, mesmo depois da abertura para o Ocidente. No início da década de 90, ele se mudou para os Estados Unidos. Assumiu sua homossexualidade, virou diretor de cinema e encontrou um parceiro, Eric. O documentário relata a “epopeia” do diretor em contar aos parentes, que sabem de sua orientação, e ao avô, extremamente conservador, que ele e o companheiro serão pais de dois bebês, gerados em barrigas de aluguel.

Meu Nome É Ray > Ramona, papel de Elle Faning, é uma adolescente de Nova York que, aos 16 anos, quer fazer a transição com hormônios por se identificar com o gênero masculino. Sua avó (Susan Sarandon), que é lésbica, não consegue compreender a decisão da neta, e a mãe (Naomi Watts), em dúvida, decide pedir o conselho do pai biológico. O foco acaba saindo um pouco da jovem protagonista para também abraçar os conflitos das parentes.

Quem Você Levaria para uma Ilha Deserta? > Dois rapazes e uma moça dividiram um apartamento por anos. Como cada um vai seguir seu rumo, resolvem fazer uma espécie de jogo da verdade, que desemboca em consequências dramáticas. A peça teatral virou um filme surpreendente.

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Girl > O ator Victor Polster está espetacular no papel de Lara, jovem em processo de mudança de sexo que trocou de cidade e foi aceita, tardiamente, numa escola de balé. Mesmo apoiada pelo pai, Lara passa por constrangimentos e tem sua intimidade muito bem desvendada no roteiro do diretor belga Lukas Dhont.

Paraíso Perdido > Erasmo Carlos interpreta José, viúvo e dono do night club Paraíso Perdido, onde preconceitos ficam do lado de fora. Trata-se de um lugar idílico para deixar aflorar paixões, como a da transformista Imã (Jaloo), neta de José e apaixonada por um professor de inglês (Humberto Carrão).

Dear Ex > Representante de Taiwan no Oscar 2020, a história enfoca a trajetória de um garoto que, cansado de viver com sua mãe histérica, vai atrás do amante de seu pai, que morreu. 

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