Netflix: 4 filmes que todo mundo está comentando. Mas valem a pena?

Muitas novidades chegam à Netflix semanalmente e, como sempre, você fica perdido ou em dúvida sobre o que assistir. Espero dar uma mãozinha ao indicar três filmes que eu gostei e um que não  “desceu” redondo. Mas cada um tem um gosto e, quem sabe, você pode detestar minhas dicas e aprovar o filme dirigido e estrelado por Brie Larson.

Durante a Tormenta > Há uma engenhosa mistura de drama, suspense, policial e fantasia no filme espanhol. Na trama, uma mulher (Adriana Ugarte) muda-se de casa com o marido e, num armário, encontra um velho aparelho de videocassete. Por meio dele, consegue se comunicar com um garoto que morreu atropelado em 1989. Naquele ano, o menino flagrou o vizinho matando a esposa e, na fuga, foi atingido por um carro. Nos dias de hoje, a nova moradora de sua residência tenta mudar o destino dele e, assim, o rumo da vida dela é modificado. Deixe de lado a lógica para embarcar numa história bastante maluca com idas e vindas no tempo. Eu fiquei quase sem fôlego nas duas horas de duração e ainda tem o gato do ator argentino Chino Darín (interpretando um detetive) no elenco. Vale a pena.

Girl > O ator Victor Polster está espetacular no papel de Lara, jovem em processo de mudança de sexo que trocou de cidade e foi aceita, tardiamente, numa escola de balé. Mesmo apoiada pelo pai, Lara passa por constrangimentos e tem sua intimidade muito bem desvendada no roteiro do diretor belga Lukas Dhont. O filme concorreu ao Globo de Ouro, mas foi prejudicado porque é um ator (e não uma trans) que interpreta o protagonista. Em tempo politicamente correto, um filme tão bom pode cair no esquecimento por um detalhe, na minha opinião, irrelevante. Vale muito a pena.

O Date Perfeito > Novo queridinho das adolescentes, Noah Centineo manda bem como o humilde funcionário de uma lanchonete que, ao criar um aplicativo, passa a cobrar para acompanhar ou aconselhar mulheres de todas as idades. Mentindo sobre sua condição social, o simpático sedutor acaba atraindo a atenção de uma garota rebelde. Ele só tem o trabalho de levá-la ao baile da escola, mas a menina enxerga no “date” algo mais do que o carisma e a simpatia. Vale a pena como uma sessão da tarde e tem boa lição de moral para a galera adolescente.

Loja de Unicórnios > Brie Larson e Samuel L. Jackson formaram uma dupla afinada em Capitã Marvel. O mesmo, porém, não se repete nessa tola e ingênua comédia dramática, dirigida pela atriz. Brie é graciosa e tenta de tudo para que sua personagem seja simpática, mas algumas situações são tão patéticas que fica difícil embarcar na imaginação da personagem. Ela está desempregada e, desprezada como pintora, entra em depressão. Descola, porém, um emprego burocrático numa agência de publicidade e cai nas graças de um dos diretores da empresa. Ao entrar numa loja “mágica”, é atendida por um senhor misterioso (Samuel L. Jackson), que lhe promete um unicórnio de verdade. Só que, para isso, ela precisa construir um espaço em sua casa para abrigar o animal. Não vale a pena.

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