Modo Avião é a tentativa da Netflix em aproximar (ainda mais) o público jovem da plataforma de streaming. Para isso, chamou Larissa Manoela para estrelar um longa-metragem, algo raro, já que a Netflix está investindo mais em séries do que em filmes.
Modo Avião tem um bom argumento: a patricinha que é influenciadora digital e, por usar demais o celular, é obrigada pelos pais a passar por um detox na casa de campo do avô (Erasmo Carlos). Seria uma ótima oportunidade de a trama fazer uma abordagem crítica aos influencers fashionistas e de que como eles perdem o afeto com a família por causa de um post bombado.
Só que, aos poucos, a proposta vai por água abaixo. Tudo é superficial e, mesmo sendo endereçado à galera teen, não precisava ser tão primário e beabá. Isso é o que eu chamo de subestimar o público-alvo. E imagine se a Netflix vai querer criticar influencers…
A produção até que é caprichadinha (há algumas tomadas áreas com drone, uma praga que vem tomando conta do cinema nacional), mas, em muitos momentos, parece uma novelinha. E do SBT!
Larissa dá conta do recado, embora ainda precise se soltar mais – quando isso acontece, a atriz se mostra bem mais à vontade. Os ingredientes para agradar ao público da estrela estão lá: ela interpreta Ana, a influenciadora que trabalha para uma grife de moda (que tem como dona a personagem de Katiuscia Canoro, a melhor do elenco) e ganhar dinheiro fazendo postagens em suas redes sociais.
Após sofrer um grave acidente de carro (por estar usando o celular), seus pais inventam uma história de que ela foi obrigada pela Justiça a ficar longe do telefone. Vai, então, passar uma temporada na caso do avô, um senhor linha-dura, mas com o coração de manteiga. Lá, se apaixona por um cozinheiro caipira (André Luiz Frambach). Mesmo que você seja adolescente, já viu essa história que, de original, não tem nada.
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