Uma cerimônia fria e arrastada marcou a entrega do Oscar ontem. O apresentador Seth MacFarlane estava muito elegante, cantou, dançou, contou piadas, mas ficou devendo no quesito língua ferina. Quem se deu melhor foi Ted, o ursinho saído da imaginação de MacFarlane para a comédia de mesmo nome, que apresentou dois prêmios e mandou ver no politicamente incorreto. Voto nele para apresentar o Oscar de 2014!
Entre decepções e acertos, encontrei mais justiça do que injustiça na premiação. É claro que preferia ver Joaquin Phoenix (O Mestre) e Emmanuelle Riva (Amor) com a estatueta nas mãos, mas não dá para negar que são muito bons os desempenhos dos vencedores Daniel Day-Lewis (Lincoln) e Jennifer Lawrence (O Lado Bom da Vida). Os atores coadjuvantes bateram com a minha preferência: Christoph Waltz (Django Livre) e Anne Hathaway (Os Miseráveis). Ambos os roteiros também fizeram por merecer: Tarantino, que deu um dos únicos tons descontraídos na cerimônia, venceu por Django Livre, e Chris Terrio, por Argo.
E por falar em Argo, finalmente, a Academia de Hollywood acertou na escolha do melhor filme, ao contrário de anos anteriores. Seus oito adversários eram igualmente interessantes, mas sempre achei Argo um longa-metragem impecável, do começo ao fim. A não indicação de Ben Affleck a melhor diretor foi motivo de críticas engraçadinhas durante a cerimônia, mas o ator-cineasta se saiu muito bem no discurso de agradecimento para melhor filme (Affleck é também um dos produtores de Argo).
A grande surpresa da noite, contudo, foi a vitória de Ang Lee em melhor direção. Nada contra seu belíssimo trabalho em As Aventuras de Pi, mas tudo indicava que Steven Spielberg seria o vencedor por Lincoln. Também gostei muito de Pi, o filme mais premiado da noite com quatro estatuetas, conquistar os prêmios de melhor fotografia, trilha sonora e efeitos visuais.
No fim das contas, apenas o prêmio de melhor animação me deixou injuriado. Valente não foi o melhor desenho de 2012. É gracioso e ágil, mas fica aquém da originalidade de Detona Ralph e Piratas Pirados! Enfim, não dá contentar gregos e troianos em tempo integral.
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