Marion Cotillard, parisiense de 37 anos, e Juliette Binoche, também parisiense, de 49 anos, estão em cartaz. A primeira em Ferrugem e Osso; a segunda, em Camille Claudel, 1915. Aceitei encarar um desafio: escolher qual das duas grandes estrelas francesas, que já receberam um Oscar, é a melhor atualmente. Para isso, reuni uma série de informações que você pode conferir abaixo. O resultado vem logo a seguir.
Atuação vencedora do Oscar
Em 1997, Juliette Binoche conquistou o prêmio de melhor atriz coadjuvante por O Paciente Inglês. Era, realmente, uma interpretação que sobressaía diante da apatia de Ralph Fiennes e Kristin Scott Thomas. Mas a Piaf de Marion Cotillard, que levou o Oscar de melhor atriz em 2008, é daquelas atuações de entrar para a história.
Atuação no filme em cartaz
Ferrugem e Osso valeu a Marion uma indicação ao Globo de Ouro por um desempenho incrível. Mas nada se compara ao trabalho, ao lado de doentes mentais, de Juliette Binoche em Camille Claudel, 1915.
Prêmios
Selecionei só os mais importantes. Vamos lá!
Juliette Binoche sai na frente por ter conquistado um Bafta e o prêmio de melhor atriz no Festival de Berlim (por O Paciente Inglês), melhor atriz em Cannes (por Cópia Fiel) e César e troféu no Festival de Veneza (por A Liberdade É Azul).
Marion tem um Bafta e um Globo de Ouro (por Piaf) e dois troféus do César (por Piaf e melhor atriz coadjuvante por Eterno Amor).
Capas de revista
Acredite se quiser: de 2005 a 2012, Marion Cotillard apareceu em 53 (!!!) publicações, incluindo Marie Claire, Elle, Vanity Fair e Paris Match. Juliette fez apenas sete.
Diretores (importantes) com quem trabalhou
Embora a comparação seja injusta (Juliette começou a carreira dez anos antes de Marion), o time de cineastas de Juliette Binoche é imbatível. Veja só: Leos Carax (Sangue Ruim e Os Amantes de Pont-Neuf), Philip Kaufman (A Insustentável Leveza do Ser), Louis Malle (Perdas e Danos), Krzysztof Kieslowski (A Liberdade É Azul), Michael Haneke (Código Desconhecido e Caché), John Boorman (Em Minha Terra), Amos Gitai (Aproximação), Olivier Assayas (Horas de Verão), Abbas Kiarostami (Cópia Fiel) e David Cronenberg (Cosmópolis).
Marion atuou sob a batuta Tim Burton (Peixe Grande e suas Histórias Maravilhosas), Jean-Pierre Jeunet (Eterno Amor), Abel Ferrara (Maria), Ridley Scott (Um Bom Ano), Michael Mann (Inimigos Públicos) e Woody Allen (Meia-Noite em Paris).
Atores (importantes) com quem contracenou
Aqui, o páreo é duro. Mas acho a equipe de Marion Cotillard mais forte e eclética: Guillaume Canet (Jeux d’Enfants), Philippe Noiret (Edy), Jérémie Renier (Fair Play), Russell Crowe (Um Bom Ano), Leonardo DiCaprio (A Origem), Johnny Depp (Inimigos Públicos), Daniel Day-Lewis (Nine), Matt Damon (Contágio) e Christian Bale (Batman, o Cavaleiro das Trevas Ressurge).
Binoche ficou com Daniel Day-Lewis (A Insustentável Leveza do Ser), Jeremy Irons (Perdas e Danos), Ralph Fiennes (O Paciente Inglês), Daniel Auteuil (A Viúva de Saint-Pierre), Jude Law (Invasão de Domicílio), Romain Duris (Paris) e Jéremie Renier (Horas de Verão).
Qualidade de seus filmes recentes
Enquanto Marion Cotillard vem escolhendo bem, Juliette está entrando em muitas barcas furadas. A Origem (2010), Meia-Noite em Paris (2011), Contágio (2011), Ferrugem e Osso (2012) e Batman, o Cavaleiro das Trevas Ressurge são bem superiores a Elles (2011), A Vida de Outra Mulher (2011), Cosmópolis (2012) e De Coração Aberto (2012).
Conclusão: Marion Cotillard foi a vencedora por 4 a 3, uma vitória apertada. Concluo que Juliette teve seus grandes momentos no cinema, mas, atualmente, as escolhas de Marion são fundamentais para ser a melhor.