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Imperdíveis: dez clássicos restaurados em cartaz na Mostra Internacional de Cinema

Martin Scorsese não é apenas um dos melhores diretores da história. É, também, um cinéfilo de carteirinha. Desde 1990, ele mantém a The Film Foundation, cujo objetivo é preservar a memória do cinema. De lá para cá, a fundação já restaurou mais de 700 filmes, em parceria com cinematecas e estúdios, entre eles, o brasileiro […]

Por Miguel Barbieri Jr.
Atualizado em 26 fev 2017, 14h22 - Publicado em 26 out 2015, 16h06
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  • Martin Scorsese não é apenas um dos melhores diretores da história. É, também, um cinéfilo de carteirinha. Desde 1990, ele mantém a The Film Foundation, cujo objetivo é preservar a memória do cinema. De lá para cá, a fundação já restaurou mais de 700 filmes, em parceria com cinematecas e estúdios, entre eles, o brasileiro Limite, pérola da década de 30, dirigida por Mário Peixoto. A Mostra Internacional de Cinema tem como uma das vedetes deste ano uma seleção da The Film Foundation, composta de 25 longas-metragens – alguns deles com apenas uma única exibição. Escolhi meus dez preferidos que, por alguma razão, foram (e são) importantes na minha carreira profissional. É só clicar no nome do filme para ver os dias e horários de exibição.
    Aconteceu Naquela Noite (It Happened One Night, 1934), de Frank Capra. Embora meu filme predileto de Capra seja A Felicidade Não se Compra, esta deliciosa comédia romântica é um dos pontos altos da carreira do cineasta. Foi vencedor de cinco prêmios no Oscar de 1935: melhor filme, diretor, ator (Clark Gable), atriz (Claudette Colbert) e roteiro.

    Aconteceu Naquela Noite, de Frank Capra

    Aconteceu Naquela Noite, de Frank Capra

    Como Era Verde Meu Vale (How Green Was my Valley, 1941), de John Ford. Um dos mais belos (e comoventes) trabalhos do grande diretor John Ford (mais conhecido pelos faroestes), o drama também arrebatou cinco estatuetas no Oscar de 1942: melhor filme, diretor, ator coadjuvante (Donald Crisp), fotografia e direção de arte.

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    Como Era Verde meu Vale: grande momento do diretor John Ford

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    Eraserhead (Eraserhead, 1977), de David Lynch. Pelo que eu me lembre, este primeiro longa-metragem do sempre excêntrico David Lynch nunca foi lançado comercialmente no Brasil. Ainda perturbadora, a história enfoca os delírios de um homem frente ao filho, uma criaça mutante.

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    Eraserhead: um raro David Lynch

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    Juventude Transviada (Rebel Without a Case, 1955), de Nicholas Ray. Um retrato ainda contundente da juventude da década de 50 em um clássico que transformou James Dean em ídolo – até hoje.

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    Juventude Transviada: Natalie Wood encontra James Dean

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    Limite (1931), de Mário Peixoto. Vi este único filme de Mário Peixoto na faculdade e fiquei fascinado com as imagens deslumbrantes que o cineasta fez com poucos recursos à época. Mudo e em preto e branco.

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    Limite: único filme dirigido por Mário Peixoto

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    O Rei da Comédia (The King of Comedy, 1982), de Martin Scorsese. Um pouco lembrado (e não menos sensacional) filme de Scorsese trazendo Robert De Niro e Jerry Lewis numa amarga comédia dramática.

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    Jerry Lewis e Robert De Niro: um Scorsese esquecido

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    Rashomon (1950), de Akira Kurosawa. Vencedor do Leão de Ouro no Festival de Veneza de 1951, o magistral longa-metragem de Kurosawa inovou a narrativa ao mostrar uma mesma história em flashbacks e sob três pontos de vista.

    Rashomon: narrativa inovadora

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    Rocco e Seus Irmãos (Rocco i Suoi Fratelli, 1960), de Luchino Visconti. O diretor italiano é um dos meus preferidos e, entre tantos excelentes trabalhos, encontra-se este notável drama sobre quatro filhos de uma viúva que tomam rumos distintos na vida.

    Rocco e Seus Irmãos: um dos trabalhos mais elogiados de Visconti

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    O Show Deve Continuar (All That Jazz, 1979), de Bob Fosse. Gosto mais de Cabaret, do mesmo diretor, mas Bob Fosse deu uma agitada nos musicais ao encenar momentos da vida de um coreógrafo após um infarto. Fique atento à cena de abertura, com a memorável música On Broadway, na voz de George Benson.

    O Show Deve Continuar: Bob Fosse revoluciona os musicais

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    Sindicato de Ladrões (On the Waterfront, 1954), de Elia Kazan. Vencedor de oito troféus no Oscar de 1955, incluindo melhor filme, diretor e ator (Marlon Brando, uma performance marcante).

    Sindicato de Ladrões: Elia Kazan dirige Marlon Brando

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    Além da minha lista acima, a Mostra Internacional vai exibir os títulos abaixo também em cópia restaurada. Consulte dias e horários das sessões no site da Mostra.
    A Cor da Romã (Sayat Nova, 1969), de Sergei Parajanov.
    A Múmia – A Noite da Passagem dos Anos (Al-Mummia, 1969), de Chadi Abdel Salam.
    A Vida e a Morte de Coronel Blimp (The Life And Death Of Colonel Blimp, 1943), de Michael Powell e Emeric Pressburger.
    Aguaceiro (Ragbar, 1972), de Bahram Beizai.
    Bom Dia, Tristeza (Bonjour Tristesse, 1958), de Otto Premimger.
    Garota Negra (La Noire de…, 1966), de Ousmane Sembène.
    Manila Nas Garras da Luz (Maynila: Sa Mga Kuko Ng Liwanag, 1975), de Lino Brocka.
    Meu Único Amor (My Best Girl, 1927), de Sam Taylor.
    O Bandido Giuliano (Salvatore Giuliano, 1962), de Francesco Rosi.
    O Camponês Eloquente (El-Fallâh El-Fasîh, 1969), de Shadi Abdel Salam.
    O Inquilino (The Lodger – A Story Of The London Fog, 1927), de Alfred Hitchcock.
    Transes (El Hal, 1981), Ahmed El Maanouni.
    Um Caminho Para Dois (Two For the Road, 1967), de Stanley Donen.
    Um Dia Quente de Verão (Gu Ling Jie Shao Nian Sha Ren Shi Jian, 1991), de Edward Yang.
    Verão Seco (Susuz Yaz, 1964), de Metin Erkan.

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