Avatar do usuário logado
OLÁ,
Imagem Blog

Tudo Sobre Cinema

Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Fernando Grostein Andrade indica série sobre escândalo gay na Inglaterra

O cineasta, que é colunista de VEJA e está morando em Los Angeles, escolheu uma atração estrelada por Hugh Grant

Por Miguel Barbieri Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
25 jul 2019, 17h35
fernando grostein
Fernando Grostein. (Arquivo pessoal/Divulgação)
Continua após publicidade

Fernando Grostein Andrade é cineasta e sócio da produtora Spray. Seu primeiro longa-metragem foi o documentário musical Coração Vagabundo, sobre Caetano Veloso. Em seguida, realizou outro documentário – e polêmico: Quebrado o Tabu. Fernando, em 2014, lançou Na Quebrada, sua primeira empreitada na ficção. Acredito que foi nessa época (a memória já anda falhando) que eu fiz um perfil sobre ele para VEJA SÃO PAULO. Tivemos um bate-papo delicioso na produtora dele, nos Jardins, em São Paulo.
Agora, está morando em Los Angeles para tocar a filiar americana da Spay, para desenvolver novos projetos e preparar o lançamento de Abe, seu quarto filme que deve estrear no primeiro semestre de 2020. Colunista de VEJA, Fernando escreveu um texto bem bacana sobre uma série inglesa, que concorreu a três prêmios do Globo de Ouro 2019. Confira o texto abaixo da foto de Hugh Grant.

very-english
Hugh Grant é o protagonista (Divulgação/Divulgação)

“São raras as obras que conseguem representar uma realidade complexa sem cair em simplificações infantis e, ainda por cima, fazer bom uso de ambivalências, contradições e nuances. A minissérie A Very English Scandal é uma delícia justamente por isso — não se rende a mocinhos e vilões, apenas trata de pessoas com um olhar intimista e sem se render aos exageros. Conta a história verídica de Jeremy Thorpe, interpretado de forma brilhante por Hugh Grant, um líder do Partido Liberal inglês que tem uma vida gay paralela à sua atividade pública.
O ano é 1965 e, acredite se quiser, ser homossexual era motivo de prisão na Inglaterra daquela época. Thorpe começa confessando sua intimidade para o amigo Peter Bessel (Alex Jennings) numa deliciosa conversa. Uma rede de proteção se estabelece com auxiliares poderosos, ajudando a esconder o segredo, cada vez mais difícil de ser guardado. Tudo vem abaixo por causa de um amante de Peter que, por ser de uma classe com baixo poder aquisitivo, fica fascinado com a possibilidade de um novo amor e ascensão social. Até que Thorpe termina o relacionamento e, assim, se dá início a um perigoso ciclo de chantagens. O político é acusado de mandar matar o ex-amante e… o resto é spoiler (!).
Escrita por Russell T. Davis, o mesmo autor de Queer as Folk, a série, dividida em três capítulos, acaba sendo uma divertida e trágica aula de história sobre como é ser gay na Inglaterra. O tempo e o lugar passam, mas o mecanismo para destruir reputações permanece igual até hoje: seja transformar aquilo que se faz na vida privada numa indecência, justamente para esconder o que os acusadores fazem de mais indecente na vida pública, seja a briga pelo poder a qualquer custo. Com a corda da tensão sempre esticada, fazendo uso do sarcasmo e do humor britânico elegante, A Very English Scandal é uma boa pedida, com cenas de tribunal, dos bastidores do poder na Inglaterra e, claro, da vida gay clandestina.

> A Very English Scandal está disponível no Globoplay

Quer me seguir nas redes sociais? Anote!

Facebook: facebook.com/paginadoblogdomiguel
Twitter: @miguelbarbieri
Instagram: miguelbarbieri
YouTube: Miguel Barbieri Jr. 

Continua após a publicidade

 

 

 

 

 

Publicidade