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“Falta amor ao governo Bolsolini’, diz Ítala Nandi, que volta ao cinema

A atriz, de 77 anos, ficou dez anos fazendo novelas na Record e está em cartaz nas telas em 'Domingo'

Por Miguel Barbieri Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
3 out 2019, 16h12
Ítala Nandi é uma das protagonistas de Domingo, já em cartaz (Danny Alves/Divulgação)
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Confita a entrevista-selfie completa:

Ítala (ou Ittala) Nandi é um ícone da cinematografia brasileira – e também do teatro. Com 77 anos de idade, mantém a espinha ereta e a mente quieta, mas sabe criticar o que está errado.

Para as novas gerações, é bom relembrar alguns momentos importantes da carreira da atriz. No palco, fez O Beijo no Asfalto, Pequenos Burgueses e O Rei da Vela, entre outras peças, na década de 60. No cinema, trabalhou com grandes diretores como Arnaldo Jabor (Pindorama), Joaquim Pedro de Andrade (Guerra Conjugal e O Homem do Pau-Brasil) e Francisco Ramalho Jr. (O Cortiço).

Ítala Nandi estava há muitos anos afastada dos cinemas e volta em grande estilo fazendo a matriarca burguesa de Domingo, já em cartaz. Fiz uma entrevista-selfie muito descontraída para falar de tudo um pouco e, claro, o governo Bolsonaro entrou na pauta. Ítala fez uma retrospectiva dos anos 60 para cá: “A gente conquistou, por exemplo com a pílula, uma liberdade sexual muito avantajada. Porém, a gente perdeu o amor. Estamos vivendo no governo Bolsonaro, ou Bolsolini, como eu gosto de chamar, a falta de amor. Esse é grande problema. Só tem ódio, liberação de armas, menos dinheiro para a educação…. O golpe (militar) de 64 era político. Este é afetivo. É um problema da perda do amor…”.

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