Henry Cavill e Millie Bobby Brown estrelam filme sobre família Holmes da Netflix
A plataforma de streaming revelou na manhã desta quinta-feira (25) as primeiras fotos do filme "Enola Holmes", estrelado pela atriz de "Stranger Things"
As histórias escritas por Arthur Conan Doyle no começo do século XX para o personagem Sherlock Holmes já ganharam inúmeras adaptações para as telas. Agora, chegou a vez da irmã mais nova do famoso detetive ganhar o holofote: a Netflix revelou na manhã desta quinta-feira (25) as primeiras fotos do filme original Enola Holmes, estrelado por Millie Bobby Brown — a Eleven do seriado Stranger Things.
Aparecem ainda no elenco Henry Cavill, Sam Claflin e Helena Bonham-Carter. A história da produção é inspirada na série de livros “Enola Holmes”, escrita por Nancy Springer e tem roteiro de Jack Thorne. Com direção de Harry Bradbeer — diretor de séries como Fleabag e Killing Eve –, a produção chega à plataforma on-line em setembro de 2020.
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O filme se passa em 1884, na Inglaterra. Na manhã de seu aniversário de 16 anos, Enola Holmes descobre que a mãe (interpretada por Bonham-Carter) desapareceu, deixando para trás alguns presentes enigmáticos e um grande mistério sobre seu paradeiro. Após passar os primeiros anos de vida aproveitando uma grande liberdade, a adolescente passa a viver sob os cuidados dos irmãos mais velhos Sherlock (Cavill) e Mycroft (Claflin), que decidem mandá-la para uma escola de etiqueta para aprender boas maneiras. Indignada, Enola foge da instituição e segue caminho para Londres, em busca da mãe desaparecia. A jornada da adolescente a coloca diante de um mistério envolvendo um lorde fugitivo, e ela acaba descobrindo uma conspiração que pode alterar o curso da História. Ela, então, se transforma em uma investigadora de respeito — capaz até de superar seu famoso irmão.
A produção, no entanto, está enfrentando algumas polêmicas: os representantes do espólio do autor Arthur Conan Doyle entraram com um processo contra a Netflix por infração nos direitos autorais e marcas registradas do autor.
A disputa por direitos referentes à obra do autor, que morreu em 1930, não é nova. Em 2014, casos ligados ao espólio de Doyle sofreram diversas derrotas na Justiça dos Estados Unidos. Agora, os advogados querem diferenciar o que é de domínio público — e o que não é. Os representantes afirmam que há traços emocionais no personagem que precisam ser respeitados, seguindo a obra de Conan Doyle, e que Holmes evoluiu com o tempo, como personagem. Eles se referem às obras de 1923 e 1927, que ainda não são de domínio público.
“Depois das histórias de domínio público e antes das com direitos autorais, aconteceu a 1ª Guerra Mundial. Nela, Doyle perdeu seu filho e seu irmão. Quando ele volta a Holmes, nas histórias com direitos autorais de 1923 a 1927, já não era suficiente que o personagem fosse só brilhantemente racional e com uma mente analítica. Holmes precisava ser humano. O personagem precisou de um desenvolvimento humano de conexão e empatia”, diz o argumento dos advogados que representam o espólio de Conan Doyle. O processo cita o filme que chega à Netflix em setembro.
Em 2015, a Miramax foi processada de forma semelhante por “Sr. Sherlock Holmes”. A disputa acabou em um acordo entre as partes.