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É preciso assistir a O Irlandês, que tem 3 horas e meia, de uma tacada só?

Disponível na Netflix, o filme de Martin Scorsese disparou na corrida pelo Oscar 2020

Por Miguel Barbieri Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 5 dez 2019, 16h57 - Publicado em 5 dez 2019, 16h53
Russell Bufalino (Joe Pesci) e Frank Sheeran (Robert De Niro) em cena do filme (Netflix/Divulgação)
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Não vi O Irlandês no cinema. Quando foi realizada a sessão do filme para a imprensa, eu estava em férias e fora do Brasil. Nas duas semanas em que esteve em cartaz, no Petra Belas Artes e na Cinemateca, os ingressos estavam esgotados e meu tempo, curto. Vi na Netflix.

E o que tem se comentado muito, desde que O Irlandês chegou à plataforma digital, é se é obrigatório ver as três horas e meia de uma tacada só? Martin Scorsese, o diretor, não fez um telefilme. Fez Cinema (com letra maiúscula mesmo). Mas, me diz, qual estúdio bancaria uma luxuosa produção de época com mais de três horas de duração? Lembre: é mais do que Vingadores – Ultimato. Só a Netflix, a mesma que, no ano passado, bancou Roma, o belíssimo filme em preto e branco de Alfonso Cuarón.

Voltando à duração. Caso você estivesse no cinema, aguentaria 3 horas e meia sentadinho na poltrona? O bom cinéfilo conseguiria, com certeza. E eis minha resposta: sim, é preciso ver O Irlandês sem paradinhas. Estar no conforto de casa é uma beleza. Há a tentação de ir à cozinha pegar algo para comer, ao banheiro, checar redes sociais no celular…

Mas Martin Scorsese, em seu trabalho mais longo e ambicioso, não deixa o ritmo cair, e os 209 minutos passam voando ao se acompanhar a trajetória de Frank Sheeran (Robert De Niro). Esse caminhoneiro de um frigorífico ascendeu no mundo da máfia ao conhecer Russell Bufalino (Joe Pesci), um chefão que detinha grande parte do comércio da região de Filadélfia e o contratou para fazer alguns servicinhos sujos. Foi ainda Bufalino quem recomendou “o irlandês” a Jimmy Hoffa (Al Pacino) — o maior sindicalista de transporte de cargas nos Estados Unidos entre 1957 e 1975 —, de quem Sheeran se tornaria o braço direito.

O roteiro, embora praticamente linear, vai e volta no tempo mostrando Sheeran, numa casa de idosos, confessando seus crimes, segredos e pecados. Scorsese se atém a episódios reais (indicando, inclusive, a data da morte de alguns personagens) e se deixa levar pela ficção. Contando com efeito de rejuvenescimento para os atores, o realizador aborda o lado B dos mafiosos, retira o glamour e investe na melancolia.

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Fique esperto: O Irlandês é a bola da vez para ganhar o Oscar de melhor filme. Já levou dois prêmios muito importantes: o da conceituada National Board of Review, que reúne críticos americanos, e o da New York Film Critics Circle, com os especialistas de Nova York.

Na próxima segunda (9), será divulgada a lista com os indicados ao Globo de Ouro. O Irlandês vai concorrer a melhor filme/drama, direção, ator (Robert De Niro) e ator coadjuvante (Joe Pesci e Al Pacino). Vamos apostar?

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