Avatar do usuário logado
OLÁ,
Imagem Blog

Tudo Sobre Cinema

Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Duas apostas da Netflix para o Oscar. Mas valem a pena serem vistos?

Além do superestimado História de um Casamento, Meu Nome É Dolemite pode conquistar algumas indicações

Por Miguel Barbieri Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
15 dez 2019, 14h51
 (Divulgação/Divulgação)
Continua após publicidade

Além de O Irlandês, a Netflix tem, ao menos, mais duas apostas para o Oscar 2020: História de um Casamento, que é bom mas acho superestimado, e Meu Nome É Dolemite, que marca o “renascimento” de Eddie Murphy num filme inspirado num personagem real. Vale a pena ver? Respondo abaixo.

O diretor Noah Baumbach tem trabalhos resistentes ao tempo como A Lula e a Baleia (2005), Frances Ha (2012) e Enquanto Somos Jovens (2014). Neste ano, virou um queridinho por causa de História de um Casamento, exibido com êxito no Festival de Veneza, recordista de indicações no Globo de Ouro (seis) e forte candidato ao Oscar. O hype, porém, é maior do que o resultado. A ironia já vem no título: trata-se aqui da separação de Nicole e Charlie, vividos por Scarlett Johansson e Adam Driver. Ela é uma atriz que abriu mão da carreira na TV para ser estrela das peças teatrais de vanguarda dirigidas por ele. Durante o processo de divórcio, ela muda de Nova York para Los Angeles, dificultando a vida do ex, que tem de atravessar o país para ver o filho. Há diálogos fortes, atuações empenhadas e uma triste sensação de conformismo no belo desfecho. Mas entre acertos, Baumbach, talvez na intenção de inserir leveza num drama intenso, injeta humor deslocado e força a barra no uso de uma trilha sonora rasgadamente emotiva.

Eddie Murphy fez sucesso nas décadas de 80 e 90 e só voltou aos holofotes ao ser indicado ao Oscar, em 2007, por Dreamgirls. Mas sua “ressurreição” mesmo se dá em Meu Nome É Dolemite, produzido e estrelado por ele, e mais uma aposta da Netflix para o Globo de Ouro (duas indicações) e o Oscar. Murphy interpreta um personagem verídico: Rudy Ray Moore (1927-2008) fracassou na música e, em 1974, encontra uma saída para voltar aos palcos. Comprando os textos de um mendigo, ressurge como comediante de stand-up. O sucesso se deve aos palavrões e à baixaria das anedotas em tom de rap. Sua ambição o leva para uma empreitada de risco: realizar um filme. O longa tem uma recriação de época fabulosa e momentos muito divertidos, sobretudo para quem curte os bastidores e o lado B da história do cinema americano.

Quer me seguir nas redes sociais? Anote: 

Facebook: facebook.com/paginadoblogdomiguel
Twitter: @miguelbarbieri
Instagram: miguelbarbieri
YouTube: Miguel Barbieri Jr. 

 

Publicidade