Gravidade é um filme, no mínimo, espetacular. Vi em 3D na sala XD, do Shopping Eldorado e, agora, quero rever em Imax. Juro que saí impressionado da sessão – e não só eu. Para mim, Gravidade já entra no top ten dos melhores de 2013 e, não tão cedo, veremos algo tão deslumbrante no terreno dos filmes espaciais. Listei dez motivos para você ver Gravidade. Depois de vê-lo, retorne a este post para confirmar se tudo o que eu disse é verdade. Boa sessão!
1) Eu amo planos-sequência, tanto que um dos meus filmes preferidos é Arca Russa, do russo Aleksandr Sokurov. O diretor de Gravidade, Alfonso Cuarón, não sabe quantos minutos dura a cena de abertura sem um único corte. Eu contei quase 20 minutos. Pode ser menos, mas, em todo caso, é um dos mais elegantes planos-sequência da história.
2) A câmera do diretor de fotografia Emmanuel Lubezki é um primor. Ela circula pelo espaço, rodopia entre os atores (George Clooney e Sandra Bullock) e coloca o espectador em primeira pessoa. Um trabalho estupendo!
3) Você vai sair da sessão podendo contar para qualquer pessoa a história do filme. Mas, jamais, vai conseguir transmitir a sensação do que é “ver” o filme. Com poucos diálogos, a trama é simples, mas poucas vezes, recentemente, tive a impressão de ver cinema em sua essência máxima.
4) Sandra Bullock. Tem gente que torce o nariz, tem outros adoram a estrela. Eu não tenho nada contra, só quando ela se mete a fazer papéis ridículos, como na comédia As Bem-Armadas. Eis o melhor momento de Sandra no cinema, que pode, sim, ganhar uma indicação ao Oscar.
5) Cuarón sabe muito bem equilibrar momentos de ação (como na destruição do ônibus espacial) com sequências contemplativas de deixar a plateia boquiaberta. O espaço é belo, perigoso e infinito – comprove!
6) Os filmes hollywoodianos estão abusando do uso do 3D. Gravidade, ao contrário, necessita desse recurso para deixar o espectador mais próximo dos personagens. Desde As Aventuras de Pi, o 3D não era tão bem empregado.
7) Não vou estragar e contar o desfecho, mas posso dizer que é um dos mais formidáveis da história da ficção científica.
8) E falando em ficção científica, Gravidade já encabeça uma revolução nos filmes espaciais, assim como 2001 – Uma Odisseia no Espaço e Guerra nas Estrelas o fizeram nas décadas de 60 e 70, respectivamente.
9) Os detalhes são tão impressionantes que, não à toa, Cuarón fez, primeiro, uma animação do roteiro para, depois, realizar o filme com atores. O processo todo durou sete anos.
10) A cereja do bolo: dei cinco estrelas para Gravidade, cotação rara nas Vejinhas, só usada em casos excepcionais. A última vez havia sido com o drama iraniano A Separação, em janeiro de 2012.
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