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Brasil ou Argentina? Quem tem mais chances no Oscar 2013?

Hoje vi Infância Clandestina (foto abaixo), que estreia dia 7 de dezembro, o candidato da Argentina a uma vaga no Oscar 2013 de melhor estrangeiro. É uma história bem contada de um menino de 11 anos às voltas com o primeiro amor e vivendo na clandestinidade com pais, guerrilheiros políticos contrários à ditadura militar, na […]

Por Miguel Barbieri Jr.
Atualizado em 27 fev 2017, 11h48 - Publicado em 26 nov 2012, 18h37
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  • Hoje vi Infância Clandestina (foto abaixo), que estreia dia 7 de dezembro, o candidato da Argentina a uma vaga no Oscar 2013 de melhor estrangeiro. É uma história bem contada de um menino de 11 anos às voltas com o primeiro amor e vivendo na clandestinidade com pais, guerrilheiros políticos contrários à ditadura militar, na Buenos Aires da década de 70. Me lembrou, claro, o brasileiro O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias, por coincidência o representante brasileiro que ficou de fora do Oscar em 2008.

    infancia

    Durante a entrevista coletiva concedida a jornalistas pelo diretor Benjamín Ávila, perguntei quais eram as expectativas de seu filme ser indicado ao Oscar (os candidatos serão conhecidos em 10 de janeiro). Ávila não me pareceu muito esperançoso e respondeu que, só de ter sido escolhido como representante da Argentina, houve muita comemoração por lá.

    Não me espantou a falta de ânimo do cineasta. Seu filme não é ruim – muito pelo contrário. Gosto da ótica infantil (e de traços autobiográficos) dada a tema tão árduo e, se pensarmos bem, já muito bem retratado no cinema argentino. Problema número 1 está na falta de familiaridade dos americanos com o assunto – ditadura nos países sul-americanos. Problema número 2: a Argentina levou o Oscar de melhor filme estrangeiro em 2010 por O Segredo dos Seus Olhos. Apenas três anos depois, será difícil o país vizinho emplacar mais uma na acirrada competição.

    filme-o-palhaco-grande-premio

    Respondendo, então, à pergunta do post: O Palhaço, candidato do Brasil ao prêmio, tem mais chances. Além de um filme irretocável visualmente, traz uma temática universal – a do sujeito que não se encaixa no mundo em que lhe foi imposto. A última vez que o Brasil recebeu uma indicação de melhor filme estrangeiro foi em 1998 com Central do Brasil. Torço muito para Selton Mello e sua equipe estarem representando o Brasil no ano que vem. Faço figa e desejo boa sorte porque, com o hit francês Intocáveis na parada, a briga vai ser boa.

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