Sou fã de Sacha Baron Cohen e o timing dele foi perfeito ao lançar diretamente no Prime Video, em parceria com a Amazon, o longa-metragem Fita de Cinema Seguinte de Borat. Com cenas gravadas durante a pandemia, a comédia é um ataque direto a Donald Trump, aos seus apoiadores e eleitores e, de alguma maneira, faz refletir sobre o voto nas eleições presidenciais, em curso nos Estados Unidos.
O novo Borat dá sequência ao sucesso de 2006 e mostra o personagem-título, interpretado por Sacha, condenado a trabalhos forçados desde que manchou, catorze anos atrás, a imagem do Cazaquistão no primeiro longa-metragem.
O governo, contudo, dá uma chance a Borat. Ele deve retornar aos Estados Unidos e oferecer a Mike Pence, o vice-presidente americano, um… macaco (!). Ao chegar ao Texas, Borat se surpreende ao ver que sua filha ocupou o lugar do animal e, para não ser penalizado, decide entregá-la de presente a Pence. Sim, o tom politicamente incorreto está de volta e a Borat abundam adjetivos como antissemita, racista, machista, misógino. E é daí que Sacha extrai seu humor único, combinando um roteiro ficcional (melhor do que o primeiro) com suas “pegadinhas”.
Como ficou muito marcado pelo personagem, o ator precisou se disfarçar para expor ao ridículo opiniões de conservadores e radicais. Entre eles está Rudolph Giuliani, ex-prefeito de Nova York e apoiador de Trump, que cai numa armadilha ao conceder uma entrevista para a filha de Borat. Suas declarações e o desfecho do encontro (este flagrado por uma câmera escondida) são reveladores. Muito bem acompanhado da divertida búlgara Maria Bakalova, Sacha/Borat voltou com a corda toda. Que viva Borat! Confira no Amazon Prime Video.
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Será que você, assim, como eu, depois de assistir ao Borat 2, vai ficar com vontade de ver (ou rever) os três mais memoráveis tipos de Sacha Baron Cohen? Confira abaixo onde encontrar os filmes nas plataformas digitais.
Borat > “O segundo melhor repórter do Cazaquistão” viaja aos Estados Unidos e, lá, espalha seu moralismo e seus preconceitos para, em “pegadinhas”, deixar transparecer o conservadorismo americano. Realizado sem pudores e usando o tom politicamente incorreto, o ator fez sucesso com uma comédia absurdamente provocadora. AppleTV+ e Google Play.
Bruno > Embora não tenha tido o mesmo êxito de Borat, o personagem gay detona o mundo da moda e das celebridades com seus quinze minutos de fama. Bruno, o jornalista austríaco, chega aos Estados Unidos também disposto a ganhar os holofotes. E imita seu “colega” do Cazaquistão indo, aqui, atrás de fashionistas. Resultado: humor escrachado, debochado e propositalmente apelativo. Looke e AppleTV+.
O Ditador > Cohen é Aladeen, o ditador irascível e mimado de um fictício país árabe no norte da África que manda torturar e matar detratores sem piedade. Preocupadas, as demais nações pedem um pronunciamento dele na ONU. Com humor afiadíssimo, a comédia zomba de imigrantes filipinos ao grupo Menudo e não poupa nem o atentado terrorista ao World Trade Center. Amazon Prime Video e Netflix.
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