Astro pornô é o destaque no polêmico filme de Lindsay Lohan

James Deen e Lindsay Lohan em cena de The Canyons

No mesmo dia em que estreou nos cinemas de Nova York, The Canyons chegou à internet – o filme pode ser comprado e baixado pelo iTunes. Como acredito que ficará inédito por aqui e, pelo boca a boca que correu Facebook afora, resolvi assisti-lo. Inicialmente, por três motivos. 1) a direção é do veterano Paul Schrader, diretor de Gigolô Americano e Mishima, além de roteirista de Taxi Driver. 2) o roteiro leva a assinatura do festejado Bret Easton Ellis, escritor de Abaixo de Zero e Psicopata Americano. 3) o filme tem coprodução e é estrelado pela destrambelhada Lindsay Lohan que, claro, deu vários pitis nas filmagens.

Por incrível que pareça, em quem eu menos botava fé, foi quem mais me surpreendeu: James Deen (sim, soa igual a James Dean, o astro de Juventude Transviada). Deen já atuou em mais de 4000 filmes pornôs desde 2004, quando entrou para a indústria de “filmes adultos” aos 18 anos – hoje, ele tem 27 anos. The Canyons tem uma bela abertura, com imagens de cinemas de rua já desativados. É a forma que Schrader encontrou para explorar, a seguir, a falência da indústria cinematográfica numa sórdida trama de mentiras, traições e sexo pesado.

Lindsay trai Deen com um ator iniciante em The Canyons

Deen interpreta Christian, um poderoso produtor de cinema cujo prazer é ter sua mulher, Tara (Lindsay), transando com outros e outras. Hedonista, o cara faz sexo grupal, vai dar uns pegas na antiga namorada e, como um comandante das câmeras, exige submissão de suas parceiras. Até que passa a desconfiar da esposa. E, realmente, a suspeita tem fundamento: Tara está saindo com o ator iniciante Ryan (Nolan Funk), que é marido da assistente de Christian.

Este é James Deen, o astro pornô de 4000 filmes: você acha que ele pode ser Christian Grey?

The Canyons tem nu frontal de Deen, seios à mostra de Lindsay, sexo apimentado e uma narrativa envolvente. A direção de Schrader, por vezes, escorrega na falsidade, principalmente quando tem atores ruins à disposição. Coincidência ou não, a sensação é de vermos um soft porn. Quem se sai bem, contudo, é justamente o cara que poderia fazer desandar o filme. Deen, além de boa-pinta, traz nuances na interpretação – ora carrega na afetação, ora transmite uma psicopatia latente, causada pelo ciúme doentio. Meses atrás, o nome de James Deen correu a internet como um dos cotados para interpretar outro Christian, o Grey, de Cinquenta Tons de Cinza. Na época, nem sabia de quem se tratava. Agora, não acho um nome desprezível.

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 Dá uma espiada no trailer abaixo

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