Animação produzida em São Paulo, Umbrella tem chances de Oscar
O curta nacional de 8 minutos já participou de mais de cinquenta festivais e conta com uma história de cortar o coração
São menos de oito minutos — mas cada instante de Umbrella emociona. Produzido de forma independente em São Paulo, o curta de animação de Helena Hilario e Mario Pece participou de mais de cinquenta festivais, entre eles dezenove que alavancaram a qualificação do filme para o Oscar 2021. Se for selecionada, será a primeira produção brasileira indicada para a categoria. “Começamos com uma singela campanha. Chegando ou não a indicação, já é uma forma de mostrar que a gente tem talento e potencial e pode, sim, fazer projetos bonitos e intensos fora do mainstream”, contou Helena à Vejinha.
Na trama, Joseph é um garotinho que vive em um orfanato que recebe a visita de uma mãe e uma filha com brinquedos para doação. Ele, porém, vai atrás do guarda-chuva amarelo da garotinha. Inicialmente, ela nega o objeto, mas volta atrás quando descobre que o guarda-chuva, na verdade, o remete à sua família perdida. De cortar o coração? Pois saiba que a inspiração foi um episódio verídico.
“Em 2011, minha irmã foi a um lar para crianças. Estava um dia de sol, mas um garotinho pedia um guarda-chuva. Ele falou que quando o pai dele o deixou lá, estava chovendo, e quem sabe assim ele voltasse para buscá-lo.” Da história que arrancou lágrimas na família saiu um roteiro singelo que extrai alegria da empatia. Para seguir as regras de exibição da academia, a animação fica disponível só até a próxima semana no canal do YouTube da Stratostorm.
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Publicado em VEJA São Paulo de 20 de janeiro de 2021, edição nº 2721
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