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Documentário AmarElo – É Tudo pra Ontem, de Emicida, é histórico

A produção traz imagens inéditas do show que lotou o Teatro Municipal e homenagens a Wilson das Neves, Lélia Gonzalez e Ruth de Souza

Por Helena Galante Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
11 dez 2020, 06h00
AmarElo - É Tudo pra Ontem
 (Divulgação/Divulgação)
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“Exu matou um pássaro ontem com uma pedra que só jogou hoje.” O ditado iorubá foi escolhido por Emicida para abrir e encerrar o documentário AmarElo — É Tudo pra Ontem. A produção traz imagens inéditas do show que lotou o Teatro Municipal em novembro do ano passado. “Daqui a cinquenta anos essa vai ser a noite que transformou a vida de muita gente”, anunciou o rapper antes de subir ao palco.

Dos fãs na plateia que nunca haviam pisado ali às parcerias que compuseram o álbum AmarEloFernanda Montenegro e Larissa Luz na canção Ismália, Pabllo Vittar e Majur na faixa- título, por exemplo —, tudo sobre o projeto é compatível com o adjetivo “histórico”.

Mas Emicida não para nas referências a sua própria trajetória. Assume o papel de narrador para recriar o último século da cultura nacional. “O rap sempre foi mais que denúncia”, diz. As homenagens a Wilson das Neves, Lélia Gonzalez e Ruth de Souza ganham força na divisão em atos.

Conectado aos ciclos da natureza, Emicida fala da arte nas etapas de “plantar”, “regar” e “colher”. Na sua voz, a herança de dificuldades se conecta a um futuro fértil de possibilidades. “Todas as nossas chances de consertar os desencontros do passado moram no agora.”

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Publicado em VEJA São Paulo de 16 de dezembro de 2020, edição nº 2717.

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