Além de ser o autor de algumas das novelas favoritas dos brasileiros, como O Cravo e a Rosa e Verdades Secretas, Walcyr Carrasco, 69, foi cronista da Vejinha, com textos publicados quinzenalmente nos anos 2000. “Foi uma época muito feliz da minha vida porque tudo o que escrevia tinha grande resposta do público”, orgulha-se. A repercussão foi enorme quando “Meu cachorro” saiu em uma das edições. Era sobre Uno, seu husky siberiano, na época com 14 anos e bastante doente. “O processo da perda de um animal é sempre doloroso e os leitores entenderam meu sofrimento.” Segundo ele, as experiências de redação no início da carreira ainda o ajudam na hora de escrever um roteiro. “Uso muito a experiência do repórter para minhas pesquisas porque falo com personagens e vivo procurando novas histórias”, compara. “E sempre deixo para escrever tudo na última hora, como é costume de muito jornalista.”
Publicado em VEJA São Paulo de 23 de dezembro de 2020, edição nº 2718.