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Casa de antepassados vira ponto turístico na Itália

Agência leva paulistanos descendentes de italianos para conhecer local onde familiares viveram; casos de coronavírus devem adiar viagens

Por Ana Carolina Soares
Atualizado em 28 fev 2020, 14h30 - Publicado em 28 fev 2020, 06h00
 (Divulgação/Veja SP)
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Em vez de visitar a Torre de Pisa ou o Vaticano, os principais pontos turísticos para os clientes da agência Andanzas são as residências de seus antepassados na Itália. “Meu avô nasceu na Calábria, em uma cidade chamada Corigliano, e foi muito emocionante conhecer a casa em que ele viveu. Imaginei que outras pessoas também gostariam de passar pela mesma experiência e então idealizei esse serviço”, explica Maria Teresa Cropanise, 55, uma das sócias. Em 2019, criou essa rota da “volta às origens” e conquistou fregueses paulistanos, a maioria moradores da Mooca, Bela Vista e Brás. A equipe leva cerca de uma semana para pesquisar e traçar roteiros que custam a partir de 2 000 euros (cerca de 9 500 reais), sem contar o aéreo. “É muito forte: as casas normalmente preservam as iniciais da família, e não há como não cair no choro.”

Mas desde esta semana o choro é por outro motivo: os turistas precisarão adiar a viagem devido ao surto do coronavírus. O primeiro caso no Brasil foi confirmado na quarta (26), no Hospital Israelita Albert Einstein — um homem de 61 anos que se contaminou na Itália neste mês. “O pior é que a maioria dos descendentes brasileiros veio da região do Vêneto, no norte do país. Aí vamos esperar algumas semanas para trazer novamente as pessoas para cá”, diz Maria Teresa.

Publicado em VEJA SÃO PAULO de 4 de março de 2020, edição nº 2676.

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