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Após caso de racismo com a filha, Samara Felippo estrela comédia sobre ser mãe

Com Carolinie Figueiredo, peça reúne dilemas vividos pelas duas na carreira e maternidade: 'Se a Globo não te chama mais, parece que estou no ostracismo'

Por Humberto Abdo
Atualizado em 3 Maio 2022, 22h14 - Publicado em 1 abr 2022, 06h00
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  • A partir de 15 de abril, os desafios e dilemas da maternidade subirão ao palco do Teatro Nair Bello. Escrito e encenado pelas atrizes Samara Felippo, 43, e Carolinie Figueiredo, 32, o espetáculo Mulheres que Nascem com os Filhos é resultado de algumas das experiências dramáticas e reveladoras vividas por elas — de racismo a depressão pós-parto.

    “Quando Carol teve o segundo filho, eu passava na casa dela depois da academia para compartilhar aquela endorfina”, conta Samara. “Nós duas tínhamos nossas dores e nos inspiramos muito no Cócegas, de Ingrid Guimarães e Heloísa Périssé, para fazer uma comédia.”

    A dupla também compartilhava as preocupações e incertezas da profissão, com os hiatos entre uma novela e outra. “Com a carreira pausada e o contrato na Globo prestes a acabar, eu pensava que tinha ferrado minha vida e escolhido uma trajetória errada, diferente da que deveria tomar como mulher e atriz”, desabafa Carolinie.

    “A gente fica bem à mercê de produções e novos convites, sem saber se somos capazes de fazer outras coisas. Se a Globo não te chama mais, parece que não produzo, estou no ostracismo, na geladeira. Com essa peça, descobri que trabalho com a arte acima de tudo”, acrescenta Samara, que decidiu produzir um novo podcast e ainda ataca de DJ e produtora da festa Apocalipse Tropical, em São Paulo. “E eu vou começar a estudar psicologia, depois de superar a ideia de que estava velha demais para isso”, completa Carol.

     

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    Publicado em VEJA São Paulo de 6 de abril de 2022, edição nº 2783

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