Sexo e erotismo se misturam no 1º Salão de Arte Homoerótica inaugurado neste mês no Edifício Vera, no centro, pelo curador Paulo Cibella, 45. “Desde pequeno, eu desenhava HQs eróticas, mas estudava em uma escola de freiras, que brigavam comigo quando descobriam”, relembra, aos risos. Com destaque para o imaginário gay masculino, as pinturas escolhidas pelo artista — que também atua como engenheiro de software — incluem nomes como Daniel Jaen e Felix D’eon, além de fotos polaroide (algumas polêmicas para os mais conservadores), todas produzidas por ele durante encontros. “Percebi na pandemia a saída do armário em relação aos fetiches. Muitos colocaram para fora seus desejos mais íntimos e as imagens retratam isso.” Em cartaz até 30 de julho, o projeto será anual. “Na próxima edição, quero trazer artistas lésbicas e criações de pessoas trans.”
Em tempo: a exposição também terá um curso sobre arte queer, arte e gênero, arte contemporânea e micropolíticas ligadas à questão de gênero. Será em 16 de julho, ministrado pelo artista plástico Roger Nascimento. As inscrições podem ser feitas pelo e-mail info@vorticecultural.com.
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Publicado em VEJA São Paulo de 22 de junho de 2022, edição nº 2794