Imigrante sírio em São Paulo, Ramy Milaneh, 28, mudou-se para a cidade em 2016 após se despedir do país de origem durante um dos períodos mais violentos da guerra vivida por lá. Professor de literatura árabe em Damasco, Milaneh começou a praticar português no hostel onde se hospedou nas primeiras semanas.
“Não tive tempo para aulas, trabalhava em dois empregos e só tinha quatro horas para dormir”, relembra.
Depois de dar expediente em uma loja de bijuterias e em um restaurante árabe, neste ano ele abriu a lanchonete Aramaico, no Ipiranga, onde cozinha pratos típicos como shawarma e esfihas e comanda toda a operação sozinho (agora com vendas apenas em sistema de entrega).
Com o dinheiro que ganha, Milaneh ajuda a família, que ainda vive em Damasco e mantém contato com ele todos os dias. “Se tudo der certo, ainda vou trazê-los para cá.”
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Publicado em VEJA SÃO PAULO de 20 de maio de 2020, edição nº 2687.
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