Rachel Sheherazade está desde abril sem emitir suas opiniões no telejornal do SBT. Recentemente, ganhou espaço para os seis editoriais na rádio Jovem Pan. “É claro que sentia falta de me posicionar sobre as notícias do dia, mas agora posso fazer isso todas as manhãs, na rádio Jovem Pan”, diz a jornalista. A seguir, uma balando que Rachel faz de seu ano tumultuado:
Qual foi a melhor e a pior coisa de 2014?
O pior de 2014 foi a eclosão do caso do Petrolão. Quando se imaginava que nenhum escândalo poderia ser mais ousado e vergonhoso que o Mensalão, os políticos nos surpreendem com um esquema muito mais engenhoso e danoso aos cofres públicos. A melhor coisa de 2014 foi ver o renascimento da oposição no Brasil. Há anos, a oposição vinha apresentando uma atuação apática e desarticulada, tanto na Câmara quanto no Senado. Acho que o contraditório é essencial numa democracia saudável. Tomara que essa nova oposição, com vontade real de fiscalizar e combater os maus feitos do governo não seja só fogo de palha, ou ressentimentos pós-eleição.
Há conversas para voltar a emitir as suas opiniões no ar?
Não tenho essa informação. Continuo no comando do SBT Brasil, mas, desde abril, o programa assumiu um formato diferente, sem opiniões dos âncoras. É claro que sentia falta de me posicionar sobre as notícias do dia, mas agora posso fazer isso todas as manhãs, na rádio Jovem Pan. Fui contratada em novembro pela emissora, e, desde então, não me calei mais.
Você está escrevendo um livro…
Sim, será sobre os principais problemas do Brasil. Ele vai ser lançado em 2015, pela editora Mundo Cristão, mas ainda sem mês definido, mas acredito que ainda no primeiro semestre.
Quando parou de emitir opiniões, o SBT prometeu que você teria um programa solo. Esse plano acabou?
Não sei nada a respeito. A direção não me procurou para falar sobre essa possibilidade. Sou uma profissional versátil e estou pronta para embarcar em qualquer projeto que a casa tenha para mim. Estou pronta para o que der e vier.