Por Adriana Farias
Há um ano e oito meses em tratamento contra o vício em crack, a ex-modelo Loemy Marques, 26, está namorando desde julho um produtor rural de Minas Gerais e também ex-usuário de drogas.
Hoxinton Coelho, de 35 anos, se aproximou da jovem via Facebook após acompanhar a repercussão de sua história descoberta por VEJA SÃO PAULO em novembro de 2014 e o passo a passo da recuperação da ex-modelo. “Passamos a trocar mensagens na internet sobre nossas vidas e aí decidi vir para São Paulo conhecê-la pessoalmente”, conta ele, que é proprietário de um sítio onde cultiva limões. “O que me conquistou foi a simplicidade dela”.
O rapaz, que é sobrinho de Elzo Aloísio Coelho, jogador da seleção brasileira de futebol na Copa do Mundo de 1986, foi usuário de álcool e drogas durante dez anos. Ele está livre do vício há dois anos e cinco meses. Residente no interior de Minas Gerais, conta que no final de 2013 até viajou escondido para São Paulo para viver na Cracolândia e ter acesso mais livre às drogas. “Fiquei poucos dias e minha mãe veio me resgatar”, conta. “Foi na mesma época em que a Loemy estava lá, com certeza a gente deve ter se cruzado, mas olha como é o destino, fomos nos aproximar só agora nessa nova fase das nossas vidas”.
Vinda do interior de Mato Grosso, Loemy desembarcou em São Paulo em 2012 para tentar a carreira de manequim. Sem conseguir trabalho por aqui, viciou-se em drogas, perdeu tudo e foi parar nas ruas do centro. “O abuso que ela sofreu do padrasto quando criança foi o fator preponderante no uso das drogas”, afirma a psicóloga Joana d’Arc Salgado, uma das profissionais que cuidou de seu caso.
Dias depois que sua história veio a público por VEJA SÃO PAULO, a ex-modelo aceitou o convite do programa Hora do Faro, da Record, que se ofereceu para pagar seu tratamento e acompanhar o processo de recuperação. A repercussão do caso foi internacional, chegando até a veículos como Vanity Fair e inspirou a minissérie Verdades Secretas, da Globo.
Atualmente, Loemy está trabalhando em uma empresa de eventos e vive numa pensão só de mulheres na Zona Sul de São Paulo. Para ajudar no seu sustento, usa os 10 000 reais que ganhou do programa da Record. Ela frequenta quase que diariamente um grupo de Narcóticos Anônimos e semanalmente recebe atendimento psicológico e psiquiátrico. “Eu tive uma recaída pelo uso de maconha, mas agora estou bem. O Hoxinton também me ajuda bastante. Me sinto em família quando estou com ele”, relata. “Ficamos juntos aos fins de semana. Na maioria das vezes, eu viajo para visitá-lo e adoro o ambiente do interior.”