Pickleball: conheça o esporte tendência em São Paulo
Mistura de tênis, badminton e pingue-pongue, modalidade já conquistou celebridades como Roberto Justus e Samy Dana

Febre nos Estados Unidos, o pickleball começa a ganhar São Paulo. Uma mistura de tênis, badminton e pingue-pongue, a novidade tem agradado a praticantes de todas as idades — todas mesmo. “Já joguei com um senhor de 90 anos”, conta Fernanda Jubran Affonso de Almeida Prado, presidente da Federação Paulista de Pickleball. “E meu pai, aos 78, joga todos os dias, inclusive com o neto de 11.”
Amante de tênis desde pequena, a advogada descobriu a modalidade após sofrer uma queda de patins. “Encanei com o tombaço e achei melhor ficar na raquete.”
“É como se fosse um pingue-pongue gigante”, traduz Julie Lamac. Criadora de eventos e campeonatos de beach tennis, a empresária enxerga potencial na prática esportiva e já planeja um torneio previsto para junho. “Com a quadra menor que a de tênis, tem atraído bastante o público 50 mais e pessoas que talvez tenham menos mobilidade.”
Famosos como o apresentador Roberto Justus, a ex-tenista Patrícia Medrado e o economista Samy Dana também foram fisgados. “Diferente do beach tennis, o impacto físico é menor”, acredita Samy. “É fácil, a evolução é rápida e posso jogar com filho, esposa e sogros. Chego a queimar 1 000 calorias em uma hora e meia de jogo.”
Criado em 1965, o esporte foi ideia de três pais engajados em entreter os filhos entediados no verão americano. “É uma atividade que você aprende em cinco minutos de aula experimental”, garante Marcus Paulo de Oliveira, atual diretor técnico da Confederação Brasileira de Pickleball e preparador físico da seleção brasileira na modalidade.

Com dezoito federações espalhadas pelo país, já aconteceu um campeonato brasileiro no ano passado e a próxima edição será em maio, no Sesi Vila Leopoldina. Na capital, aliás, já existem várias quadras públicas e particulares (confira os endereços abaixo). Nas unidades Eldorado e Campinas da academia Bodytech, as aulas recém-lançadas já têm enchido turmas. E o Jardim Europa ganha em abril a Pickle Play, com três quadras em uma área de 1 250 metros quadrados.
“As regras são modernas e fáceis de aprender para quem está sedentário, como era o meu caso”, resume o engenheiro Pedro San Martin.
“Eu estava tendo muitas lesões no ombro por causa do beach tennis e decidi experimentar. Depois, fui chamada para um torneio, mal sabia como funcionava a contagem, mas fui uma das campeãs”, conta a dermatologista Fabiane Noronha Bergonse. “Aos 52 anos a gente começa a ter dor em tudo, então só não jogo três horas direto porque fico exausta. Além do bem-estar físico e mental, esqueço de tudo quando estou numa partida.” Bela sacada.
Onde praticar em São Paulo
- Ceret. Rua São Constâncio, Portão 7, Vila Regente Feijó
- Pelezão. Rua Belmonte, 957, Alto da Lapa
- Bodytech Eldorado. Av. Rebouças, 3970, Pinheiros
- Pickleball Bola Furada. Rua São Benedito, 1924, Santo Amaro
- Pickleball Point. Rua Antônio de Oliveira, 595, Chácara Santo Antônio
- Limão Tênis. Avenida Presidente Castelo Branco, 7377, Parque Industrial Tomas Edson

Publicado em VEJA São Paulo de 21 de março de 2025, edição nº 2936