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Notas exclusivas sobre artistas, políticos, atletas, modelos, empresários e pessoas de outras áreas que são destaque na cidade. Por Humberto Abdo.

Perrengue fashion: modelos adaptam a rotina de trabalho durante a pandemia

Início de quarentena provocou "êxodo" de top models brasileiras às suas cidades de origem, afirma a booker internacional Ludimila Schiavon

Por Humberto Abdo
29 jan 2021, 06h00
Modelo Thayná Santos posa com bolsa branca e vestido platinado cor de cobre, apoiada com um dos braços em uma poltrona branca.
A modelo Thayná Santos, que precisou entregar o apartamento em Nova York e vive com a família na Zona Leste da cidade desde o início da pandemia. (Marcio Del Nero/Divulgação)
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Após passar oito anos em Nova York, a modelo Thayná Santos, 25, precisou retornar à Zona Leste de São Paulo, onde tem vivido com a família desde o início da pandemia. “Cheguei em março com uma mala pequena, achando que seria apenas mais um bate-volta”, lamenta. E do que sente mais falta? “Do dólar!”, brinca. Nas agências de modelo paulistanas, o “êxodo” das profissionais internacionais foi o perrengue mais urgente a ser resolvido quando vários países passaram a fechar as fronteiras.

“Muitas acabaram voltando para sua cidade de origem, preocupadas com a família, porque aqui em São Paulo a incidência de casos era maior, fora os custos de se manter sem trabalho”, resume Ludimila Schiavon, booker da Ford Models.

Retrato da modelo e DJ Marina Dias com braço esquerdo mostrando tatuagens.
Marina Dias, modelo e DJ, apostou na pintura de murais durante a pandemia. (Fernando Pastorelli/Divulgação)

Sem novos cachês, modelos baseadas na capital também precisaram se adaptar. “Tenho uma amiga muralista, e por desenhar em casa ela me chamou para fazer murais. Óbvio que para fechar a conta a gente pintou casas, como pedreiras mesmo”, diverte-se Marina Dias, 44, cuja carreira de DJ também acabou sendo interrompida. “Ainda consegui publicações pagas nas redes sociais, coisas fotografadas em casa, mas percebi uma esperteza por causa dos clientes. Alguns poderiam ter pago mais, mas aproveitaram a pandemia, com as pessoas aptas a negociar.”

 

Publicado em VEJA São Paulo de 3 de fevereiro de 2021, edição nº 2723.

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