Moradores do Jardim Têxtil, na Zona Leste, vivem desde agosto uma disputa com o metrô paulistano. Na Praça Mauro Broco, a construção do Complexo Rapadura, instalação subterrânea de estacionamento de trens, ameaça as mais de 300 árvores do local, fechado pelo canteiro de obras. “Esperamos o metrô há anos, mas não queremos ele aqui, pois são áreas importantes de preservação e resguardadas por leis”, reclama Marta Cavalcante, porta-voz da vizinhança. Com um parecer do Ministério Público, os moradores questionam o laudo da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, que autorizou a derrubada. “E dizem que na região não há área disponível para compensação arbórea, mas existe um terreno ocioso de 400 000 metros quadrados a 200 metros dali.” Mesmo assim, o metrô afirma ter todas as licenças ambientais e que “o local será devolvido à população com a mesma infraestrutura”. A Justiça determinou que o metrô paralise as obras de ampliação até fevereiro, quando deverá propor acordo entre as partes.
Publicado em VEJA São Paulo de 3 de fevereiro de 2021, edição nº 2723.
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