Vinte anos foi o tempo que Luiza Mariani, 43, levou para tirar do papel seu projeto dos sonhos. O novo filme Cyclone, do qual é atriz, produtora e roteirista, é uma jornada artística da carioca, que por cinco semanas gravou cenas na região histórica de Santos e em São Paulo — com direito a gravações de madrugada no Teatro Municipal.
Livremente inspirado no livro O Perfeito Cozinheiro das Almas Deste Mundo, de Oswald de Andrade, o enredo acompanha o dilema vivido pela protagonista, que engravida quando estava prestes a trabalhar como dramaturga em Paris. “O livro conta uma história fragmentada, mas tomamos o partido de colocar essa personagem no centro.”
Alguns imprevistos justificam a demora de duas décadas, como o processo de inventário para comprar os direitos da obra. “É legal concretizar a ideia, mas não quero que isso se repita. Não vou ficar mais vinte anos fazendo nada”, diverte-se.
Prevista para estrear no primeiro semestre deste ano, essa é apenas uma de várias produções na lista de Luiza, que também se prepara para interpretar Marina Lima em um filme dedicado à cantora e pretende passar um período na Inglaterra para participar de The Tunnel, próximo filme de José Eduardo Belmonte.
Publicado em VEJA São Paulo de 9 de fevereiro de 2024, edição nº 2879