Jonathan Duran, pai de menino que teria sido discriminado por vendedora da Animale, pensa em processar a grife
Americano natural da Louisiana, um dos estados onde há mais relatos de casos de racismo nos Estados Unidos, o executivo Jonathan Duran, de 43 anos, que trabalha no banco Bradesco Prime, na Avenida Paulista, teria vivenciado uma situação de preconceito aqui no Brasil. + Kim Kardashian criou coleção para a C&A do Brasil No último […]
Americano natural da Louisiana, um dos estados onde há mais relatos de casos de racismo nos Estados Unidos, o executivo Jonathan Duran, de 43 anos, que trabalha no banco Bradesco Prime, na Avenida Paulista, teria vivenciado uma situação de preconceito aqui no Brasil.
+ Kim Kardashian criou coleção para a C&A do Brasil
No último dia 28, ele afirma que estava na Rua Oscar Freire quando seu filho Lucas, de 8 anos, foi avisado por uma funcionária da grife Animale que “ele não poderia vender nada por ali”. Essa teria ocorrido quando o pai e o filho, que é negro, estavam na calçada e não dentro da loja. Enquanto isso, Ednilce, mulher de Jonathan, fazia compras em uma loja de sapatos a poucos metros dali.
O que aconteceu?
Minha mulher foi comprar sapatos, então levei meu filho para tomarmos sorvete na Ben & Jerry’s. Como a calçada sempre está cheia, ficamos em um canto para eu poder ligar para a minha mulher. Foi quando uma funcionária da Animale, em um ato de discriminação, falou para o meu filho que ele não poderia vender nada ali. Foi puro preconceito.
O que o senhor fez após o ocorrido?
Decidi postar em minha página do Facebook o fato para que outras pessoas tomassem conhecimento (até agora, seu texto teve 3 300 compartilhamentos e 6 900 curtidas). Logo em seguida, a responsável pela rede social da Animale entrou em contato e foi educada, ainda no final de semana. Na segunda, no entanto, tudo mudou. A gerente da marca ligou dizendo que iriam apurara o caso, ver se de fato ele aconteceu.
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O senhor pensa em processar a grife?
Tudo está caminhando para esse sentido. Até agora, eu sequer tive um pedido formal de desculpas da marca. Penso que seria uma oportunidade para a empresa criar mecanismos para isso não acontecer de novo. Colocar a culpa na funcionária que fez o que fez não seria o caminho ideal. Afinal, o comportamento dela não foi uma atitude isolada. Certamente, deve ter sido pressionada por sua chefe a fazer isso com as crianças que passam por lá. Ao não de desculpar e não reconhecer o erro, a marca permite que ele ocorra novamente.
O seu filho percebeu o que aconteceu naquela tarde de sábado?
Não, ele não tem dimensão das coisas. Eu e minha mulher conversamos que temos de prepará-lo para enfrentar situações como essa no futuro, infelizmente. Tivemos o apoio da escola que ele frequenta, em Perdizes, bairro onde moramos.