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Com rotina corrida, João Carlos Martins faz três apresentações em um dia

Em seus mais de setenta anos de carreira, ele só tem um arrependimento: ter ajudado a eleger Paulo Maluf

Por Ana Carolina Soares
Atualizado em 24 jan 2020, 14h43 - Publicado em 24 jan 2020, 06h00
Neste sábado (25), Martins se apresentará duas vezes no Teatro Municipal e em frente à Fiesp, na Avenida Paulista (Alexandre Battibugli/Veja SP)
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Com 79 anos, o maestro João Carlos Martins dorme apenas quatro horas por noite. Passa o resto do tempo decorando notas de concertos e planejando roteiros de apresentações suas e da Fundação Bachiana, ONG que promove cursos e ações para democratizar a música clássica. Martins não escolhe plateias. No mês passado, por exemplo, apresentou-se para vinte pessoas no Jardim Ângela. “Meu menor público, mas um dos shows mais emocionantes”, lembra. Em outubro, voltará ao Carnegie Hall, em Nova York, para festejar seus 80 anos, completados em junho.

Antes, neste sábado (25), celebrará os 466 anos da cidade com uma maratona de três apresentações: às 10h, no Teatro Municipal; às 14h, em frente à Fiesp, na Avenida Paulista; e, às 16h, na escadaria do Teatro Municipal, na abertura das comemorações da Semana de Arte Moderna de 1922. Em seus mais de setenta anos de carreira, ele só tem um arrependimento: ter ajudado a eleger Paulo Maluf e, com isso, acabar processado por irregularidades na doação à campanha, na década de 90. “Fui inocentado pelo Supremo Tribunal Federal, mas esse episódio marca o maior erro da minha vida. Jamais apoiarei políticos novamente.”

Publicado em VEJA SÃO PAULO de 29 de janeiro de 2020, edição nº 2671.

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