Avatar do usuário logado
OLÁ,
Imagem Blog

Terraço Paulistano

Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Notas exclusivas sobre artistas, políticos, atletas, modelos, empresários e pessoas de outras áreas que são destaque na cidade. Por Humberto Abdo.

Após denunciar agressão de ex-marido, modelo recebe pedidos de socorro

Também circula na internet um áudio atribuído ao ator João Gabriel Vasconcellos com ameaças a modelo Jessica Aronis. Ouça e saiba mais sobre a história

Por Ana Carolina Soares
Atualizado em 4 out 2018, 18h31 - Publicado em 4 out 2018, 17h48
João Gabriel Vasconcellos e Jessica Aronis.
João Gabriel Vasconcellos e Jessica Aronis. (Reprodução/Veja SP)
Continua após publicidade

A modelo Jessica Aronis, de 28 anos, resolveu compartilhar sua história de um relacionamento abusivo em um post no Instagram na segunda (1º). Ela não abre o nome do agressor, mas foi casada durante cinco anos com o ator João Gabriel Vasconcellos, que atuou em novelas como Chiquititas (SBT) e na série O Negócio (HBO). “Não tenho dormido, pois faço questão de responder a cada um e há desabafos bem graves, como mulheres tão desesperadas que cogitavam o suicídio”, conta.

Desde então, seu post viralizou, recebeu mais de 1 500 curtidas e ela tem recebido em média 600 mensagens por dia, metade delas de outras mulheres pedindo ajuda. Há também um áudio de Vasconcellos circulando pelas redes sociais, em que ele ameaça Jessica. Ouça abaixo:

Procurado pela reportagem, João Gabriel Vasconcellos disse que irá se pronunciar no momento certo.

A seguir, ela fala sobre o episódio:

Continua após a publicidade

Você terminou seu relacionamento há seis meses. Por que quis falar agora?

Vi a coragem da Mellisa Gentz (modelo mineira espancada pelo namorado) ao colocar seu caso nas redes sociais, também de outras várias mulheres e resolvi não me calar mais. Minha história pode ajudar muita gente que sofre violência doméstica. Tanto que desde que coloquei minha história no ar, recebo em média 600 mensagens por dia. Estou há quatro noites sem dormir, tentando responder a todas. São história fortes, de tamanho desespero, que as mulheres cogitavam o suicídio. Explico a elas que não sou uma profissional e elas deveriam fazer como eu, procurar um psicólogo.

Quando começaram as agressões?

No começo, parecia um conto de fadas, uma paixão absurda. Ele fazia declarações públicas de amor, convidava para jantares românticos era tudo muito lindo. Um ano depois, fizemos uma viagem em família. Ele então gritou comigo, dizendo que não havia dado atenção a ele. Fiquei assustada, não queria brigar. Então ele ordenou: “Então peça de joelhos”. Ajoelhei. Ele então pediu para rastejar. Rastejei. Depois disso, perdi o respeito. Ele me fazia de empregada, dizia que eu era feia, passou a me agredir também fisicamente, até na frente de amigos e desconhecidos. Já rasgou minha camiseta em um restaurante por causa do meu decote. Certa vez, jogou uma garrafa em mim porque comi um bombom. Disse que eu não podia, porque estava gorda. Meço 1 ,77m e naquela época, já sofria anorexia e estava com 49 quilos.

View this post on Instagram

Continuação

A post shared by Jessica McKay Aronis (@jearonis) on

Continua após a publicidade

O que a prendia nesse relacionamento?

A gente fica cega, presa a um ciclo. Depois das agressões, ele voltava a demonstrar amor. Aceitava as humilhações, porque morria de medo de perdê-lo. Acreditava que no fundo, era o homem romântico do início do nosso relacionamento e a culpa era minha: eu não deveria ter usado determinada roupa, ter saído com minhas amigas e minha família.

Em que momento você caiu em si?

Minha família ficou muito preocupada, porque me viu definhar, perder os cabelos, só chorava. Eles me obrigaram a ir a um psiquiatra. Na primeira consulta, a médica disse que se eu continuasse naquele relacionamento, ele me mataria. Ela chamou meus pais, disse que eu precisava sair imediatamente do apartamento. Para terminar, eu me encontrei com o meu ex-marido em um restaurante. Ele me ameaçou e duvidou que me separaria. Depois disso, nunca mais o vi. Dali, fui direto para a delegacia e fiz um boletim de ocorrência. No dia seguinte, voltei ao apartamento com policiais para pegar minhas roupas e meus dois cachorros. Dali, voltei para a casa dos meus pais. Móveis, carros, apartamento e tudo o que construímos permaneceu com ele. Eu ganhava entre 10 000 e 20 000 reais por mês. Tive que parar tudo para tratar da minha saúde. Só agora, voltei a trabalhar.

Como está a sua vida hoje?

Bem melhor, mas ainda traumatizada, recuperando o amor-próprio e também meu peso ideal, 55 quilos. Estou namorando um homem incrível, um empresário, que me apoia. Ainda vivo na casa dos meus pais e aos poucos, tenho voltado a trabalhar. Espero sinceramente que meu relato ajude outras mulheres.

https://www.instagram.com/p/Boe-ZmSBkvo/?taken-by=jearonis

Publicidade