Um testamento lavrado em um cartório da Avenida Rebouças, na Zona Oeste, em 1979, é objeto de contestação judicial quase um ano após a morte do cantor, compositor e humorista Juca Chaves, ocorrida em março de 2023, em Salvador (BA).
As duas filhas adotivas do “Menestrel do Brasil”, Maria Clara e Maria Morena, afirmam que o documento, assinado muito antes do nascimento delas, ocorrido em 1998 e 2000, respectivamente, não as contempla e ocasiona uma “grande injustiça”.
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Na escritura pública, obtida por Vejinha, Juca direciona 60% do patrimônio para a esposa, Yara Voigt Chaves, mãe das meninas. O restante ficaria em partes iguais para uma irmã do artista, uma tia-avó, seus sogros (todos falecidos) e uma instituição de assistência animal indicada por Yara.
No fim de dezembro, as filhas perguntaram em juízo se a mãe adotiva concorda com o cancelamento do testamento, mas a viúva de Juca ainda não respondeu.
“A Sra. Yara nunca soube da existência do testamento e concorda com a demanda das filhas”, afirma o advogado Claudio Fabiano Balthazar, que defende as três herdeiras.
Publicado em VEJA São Paulo de 19 de janeiro de 2024, edição nº 2876