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O inusitado testamento de Juca Chaves

Artista, morto há um ano, destinou seus bens antes do nascimento das filhas

Por Sérgio Quintella Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
19 jan 2024, 06h00
Homem grisalho sorri com instrumento de cordas apoiado no ombro
Juca Chaves (Divulgação/Divulgação)
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Um testamento lavrado em um cartório da Avenida Rebouças, na Zona Oeste, em 1979, é objeto de contestação judicial quase um ano após a morte do cantor, compositor e humorista Juca Chaves, ocorrida em março de 2023, em Salvador (BA).

As duas filhas adotivas do “Menestrel do Brasil”, Maria Clara e Maria Morena, afirmam que o documento, assinado muito antes do nascimento delas, ocorrido em 1998 e 2000, respectivamente, não as contempla e ocasiona uma “grande injustiça”.

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Na escritura pública, obtida por Vejinha, Juca direciona 60% do patrimônio para a esposa, Yara Voigt Chaves, mãe das meninas. O restante ficaria em partes iguais para uma irmã do artista, uma tia-avó, seus sogros (todos falecidos) e uma instituição de assistência animal indicada por Yara.

Imagem de manuscrito com letras em caneta preta
Trecho de testamento de Juca Chaves (Arquivo Pessoal/Divulgação)
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No fim de dezembro, as filhas perguntaram em juízo se a mãe adotiva concorda com o cancelamento do testamento, mas a viúva de Juca ainda não respondeu.

“A Sra. Yara nunca soube da existência do testamento e concorda com a demanda das filhas”, afirma o advogado Claudio Fabiano Balthazar, que defende as três herdeiras.

Publicado em VEJA São Paulo de 19 de janeiro de 2024, edição nº 2876

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