No próximo domingo (2), o dress code da 28ª Parada do Orgulho LGBTQIA+ será verde e amarelo. A ideia surgiu logo após a drag queen Pabllo Vittar ter se apresentado no palco do Rio de Janeiro com Madonna, ambas vestindo camisas da seleção brasileira.
“Decidimos que esse é o momento de resgatar nossa bandeira, que é da sociedade brasileira, e não de um partido ou ideologia”, opina Nelson Matias Pereira, 57, presidente da APOLGBT-SP, associação responsável pelo evento.
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Além de incentivar a escolha dos looks deste ano, Nelson também comanda os preparativos para os dezesseis trios elétricos que vão circular na Avenida Paulista — três a menos que no ano passado.
“Caiu patrocinador e houve diminuição de recursos. Acho que as empresas podem fazer mais, porque elas estão investindo milhões em outros eventos, e quando chega à Parada é uma choradeira”, alfineta.
Na primeira edição, em 1997, Nelson fez parte do grupo de pessoas aglomeradas em frente ao prédio da Gazeta, só com uma Kombi e bexigas.
“Me juntei e fiquei feliz da vida. Ir para a rua é celebrar nossa existência como cidadãos. Hoje temos uma manifestação que virou um evento. E fervo também é luta.”
Publicado em VEJA São Paulo de 31 de maio de 2024, edição nº 2895