Morto em 2017, o cantor Belchior deixou uma dívida trabalhista de mais de 2 milhões de reais para ser paga por seus herdeiros. No último dia 3 de março, a Justiça de São Paulo determinou que o débito de Célio Alves da Silva, ex-produtor que moveu e venceu uma ação contra o artista em 2007, seja incluído no inventário do músico.
“Esse processo foi um dos grandes culpados para Belchior começar a desaparecer”, alega Afonso Paciléo Neto, advogado de Célio, em referência aos episódios de “sumiços” do cantor, quase sempre relacionados a dívidas.
Antes de recair sobre os sucessores de Belchior, a dívida poderá ser paga com os dividendos de direitos autorais. Atualmente há 500 000 reais bloqueados judicialmente.
Em nota, Thales Mariano, um dos advogados do espólio do artista, afirma que “Célio receberá o que é de direito no momento devido e mediante autorização judicial, pois é o magistrado quem concede essa autorização”, rebate. “O que eles estão fazendo é tentar pressionar por vias oblíquas ao invés de aguardar o trâmite processual.”
Publicado em VEJA São Paulo de 5 de abril de 2023, edição nº 2835
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