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Ex-motoboy da Zona Norte cria banco digital

Mateus Davi passou a investir na bolsa e afirma que juros são destinados a causas sociais, mas diz que precisa evitar alguns lugares no novo padrão de vida

Por Humberto Abdo
8 jan 2021, 06h00
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  • De motoboy a investidor, Mateus Davi, 38, agora também é dono de banco. Nascido na Zona Norte da capital, o paulistano começou a carreira como entregador e chegou a trabalhar como assistente na Odebrecht. “Por lá, eu ficava muito ocioso e aproveitei para melhorar nas operações da bolsa”, conta. No digital GR Bank, ele espera conquistar clientes com a proposta de usar pelo menos 10% dos lucros em causas sociais de combate a discriminação. “De um lado, os bancos tradicionais cobram altas taxas enquanto os digitais são agressivos nos descontos e dão prejuízo, então busquei o meio-termo.” Hoje ele vive com a família em um apartamento de 5 milhões em Perdizes e viaja todo ano com a esposa, Isis Lyon, musa da escola de samba Unidos de Vila Maria. “Depois que adotei um novo padrão de vida, tive que mudar a postura e até evitar alguns lugares… Quando o cara é dono de banco, as pessoas acabam te assediando.”

    Publicado em VEJA São Paulo de 13 de janeiro de 2021, edição nº 2720.

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