Para homenagear o cantor Wando, que morreu na última quarta, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) resolveu — no seu costumeiro ritmo nana neném — recitar em plenário versos de “Fogo e Paixão” e “Moça”, dois dos maiores sucessos do artista, em um pronunciamento que durou três minutos.
VEJA SÃO PAULO — Por que declamou as músicas do Wando numa sessão do Senado?
Eduardo Suplicy — Como senador, uma de minhas funções é expressar os sentimentos do povo. Não podia me omitir nesta hora de dor dos brasileiros. É normal que um senador faça isso. O Wando era muito querido.
VEJA SÃO PAULO — O senhor não pensou em cantá-las em vez de recitá-las?
Eduardo Suplicy — Se soubesse a letra de cor, teria cantado todas.
VEJA SÃO PAULO — Chegou a ir a algum show dele?
Eduardo Suplicy — Eu o vi cantando nas Diretas Já. Era um talento que hipnotizava multidões.
VEJA SÃO PAULO — Qual era sua canção preferida?
Eduardo Suplicy — Esta frase “Eu quero me enrolar nos teus cabelos” (verso de “Moça”) é uma coisa! Ele expressava o amor de maneira bonita.
VEJA SÃO PAULO — O senhor já namorou ao som de Wando?
Eduardo Suplicy — É bem possível! (risos). Mas não saberia afirmar isso agora.
VEJA SÃO PAULO – E que tal ele ter colecionado calcinhas?
Eduardo Suplicy — Uma amiga me contou isso hoje. Era um direito dele.
VEJA SÃO PAULO — Curioso, senador: estamos conversando há vinte minutos e o senhor não falou do Renda Mínima…
Eduardo Suplicy — Eu ainda não falei? Se quiser, explico tudo. Foi votado em 2002, aprovado em 2003…