VEJA SÃO PAULO — Por que decidiram voltar?
Hudson — Procurei o Edson por causa do meu pai, que estava doente e havia ficado muito triste com a separação.
VEJA SÃO PAULO — O que fez com que vocês brigassem?
Edson — Demos ouvidos a amigos falsos, que jogavam um contra o outro. Mas foi porque estávamos doentes.
VEJA SÃO PAULO — Doentes?
Hudson — Cada um bebia 1 litro de uísque por dia. Ficar muito tempo na estrada cansa, estressa, e começamos a descontar na pingaiada.
Edson — O álcool nos fez competir um com o outro. Eu observava os erros dele para criticar, e vice-versa. Aí brigávamos muito.
VEJA SÃO PAULO — É verdade que vocês tiveram depressão?
Edson — Sim. Tomei antidepressivo entre 2007 e 2010, mas hoje não estou nem bebendo álcool nem tomando remédio. Foi minha maior vitória ter parado.
Hudson — Fiquei com a síndrome do pânico após um pouso de emergência, quando estava num avião, em 2009. Mas me curei sozinho. Depois da nossa separação, passei uns três meses sem sair do quarto. Comecei a me obrigar a cortar grama, nadar, tomar sol, e fui melhorando. Remédio me deixa pior, não gosto. Bebo cervejinha e uisquezinho de leve.
VEJA SÃO PAULO — Na época da separação, falaram que um dos motivos era seu envolvimento com drogas, Hudson…
Hudson — Nunca usei.
VEJA SÃO PAULO — Como está a relação de vocês?
Edson — Hoje, respeito muito o Hudson como profissional. Além do amor de irmão, que nunca acabou. Hudson — A última coisa que quero na vida é magoar o Edson. Ele me fez falta demais.