“Tenha dó!”, retrucou o desembargador Eduardo Almeida Prado Rocha de Siqueira ao ser questionado sobre seu salário de quase R$ 35 mil, que continua a ser pago normalmente mesmo após a repercussão do vídeo em que aparece humilhando um guarda civil em Santos, no ano passado. A confusão ocorreu após Siqueira se recusar a usar máscara protetora na praia. “Deixei de fazer horas extras após esse episódio, as pessoas me reconhecem muito na rua agora. Quando saio de casa, saio preocupado”, lamenta o guarda Cícero Hilário Roza. Em um processo civil, Siqueira afirma ter sido vítima de armação e alega fazer tratamento para problemas psicológicos. Segundo seu advogado Marco Barone, ele está afastado de suas funções, mas “recebe vencimentos de acordo com a lei”. Em nota, o Tribunal de Justiça reforça que as normas atuais garantem o pagamento integral até a decisão final de processo administrativo disciplinar.
Homem humilha guarda municipal que tentou multá-lo por não usar máscara em local público. Episódio ocorreu em Santos, litoral paulista: “estou aqui com um analfabeto”. Ele se identificou como “desembargador Eduardo Siqueira”. pic.twitter.com/uQSg1FZWNs
— gente de mal (@gentedemal) July 18, 2020
Publicado em VEJA São Paulo de 20 de janeiro de 2021, edição nº 2721.
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