Avatar do usuário logado
OLÁ,

Terraço Paulistano

Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Notas exclusivas sobre artistas, políticos, atletas, modelos, empresários e pessoas de outras áreas que são destaque na cidade. Por Humberto Abdo.
Continua após publicidade

Decisão judicial barra abertura de mostra sobre drag queens em São Paulo

Ação movida por deputado estadual Gil Diniz, o 'Carteiro Reaça', levou à interrupção das atividades do Museu da Diversidade Sexual

Por Humberto Abdo
Atualizado em 3 Maio 2022, 21h42 - Publicado em 29 abr 2022, 18h44
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A abertura da mostra Duo Drag, do fotógrafo Paulo Vitale, não acontecerá mais no sábado, 30, em São Paulo. O adiamento se deve a uma decisão judicial determinando a suspensão das atividades do Museu da Diversidade Sexual, onde a exposição, com curadoria de Leonardo Birche, ficaria em cartaz. No valor de R$ 30 milhões, o acordo entre o governo do Estado e o Instituto Odeon, que administraria o equipamento cultural por cinco anos, está sendo questionado.

    LEIA MAIS | De torneiro mecânico a enfermeiro, o antes e depois de drag queens

    Com retratos de 50 drag queens, depoimentos em vídeo e o lançamento do livro da coletânea, o evento estava marcado para ocorrer das 14h às 20h neste sábado com participação do retratista e de algumas das performers exibidas no trabalho.

    Tudo começou em dezembro do ano passado, quando o deputado estadual Gil Diniz (PL), apelidado de “Carteiro Reaça”, entrou com uma ação questionando um projeto de ampliação do MDS, no valor de R$ 9 milhões. Na argumentação, Diniz, que é correligionário de Jair Bolsonaro, questionava, além do valor considerado excessivo, a idoneidade do Instituto Odeon, organização social do Rio de Janeiro, cujas contas foram questionadas quando administrava o Theatro Municipal de São Paulo.

    Além disso, insinuou que o museu se tratava de uma espécie de “sala de exposição” do movimento LGBTQIA+ e que a comunidade seria melhor servida por outras políticas públicas.

    Continua após a publicidade

    A decisão liminar suspendendo o contrato foi acatada pela juíza Carmen Cristina Teijeiro, que em sua justificativa reforçou o argumento de que o Odeon teve suas contas rejeitadas quando administrava o Municipal de São Paulo. A Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Estado entrou com um recurso, que foi negado. A pasta, no entanto, voltará a recorrer, pois “considera essencial o desenvolvimento de políticas de visibilidade da cultura LGBTQIA+”.

    Em nota à VEJA, a secretaria explica que a expansão de 100 para 540 metros quadrados do MDS, localizado na Estação República do Metrô, irá permitir a realização de exposições multimídia de longa duração, exposições temporárias e eventos: “Com isso, será possível aumentar o público visitante, promovendo o resgate histórico, a transformação social e o desenvolvimento da comunidade. O museu é a primeira instituição do tipo na América Latina e irá completar 10 anos em 2022”.

    Nesta coluna, chegamos a destacar o trabalho de Paulo Vitale, que seria exposto a partir deste fim de semana. “O ensaio foi um ambiente seguro para elas, todas vinham, uma por vez, comemorando a chance de se montar de novo no meio da pandemia.”

    Continua após a publicidade

    +Assine a Vejinha a partir de 12,90.

    Para mais novidades e destaques paulistanos, siga Humberto Abdo no Instagram e no Twitter.

    Publicidade
    Publicidade