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De Thammy a Marco Luque, ‘teacher dos famosos’ começou escola com apenas 600 reais

De uma salinha de 12 metros quadrados, hoje a professora Anna Carolyna Diniz vende programas de mentoria por até 40 000

Por Humberto Abdo
9 abr 2021, 06h00
Professora de inglês Anna Carolyna Diniz posa de óculos, cabelos longos soltos e uma das mãos encostada no queixo. Veste camisa branca, jeans escuras e pulseira de pérolas. Ao fundo aparece sua sala de estar.
Professora de inglês Anna Carolyna Diniz: famosos na lista de clientes. (Igor Mainente/Divulgação)
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Carlos Wizard que me segure porque eu tô chegando”, brinca Anna Carolyna Diniz, 35, ao relembrar o início da carreira como professora de inglês. Com alunos como o vereador Thammy Miranda, o humorista Marco Luque e a modelo Dani Bolina, a atual “teacher dos famosos”, que tem programa de mentoria que custa de 25 000 a 40 000 reais, começou com aulas particulares na sala de casa.

“Depois de um tempo decidi que não estava legal ensinar com meu cachorro pulando nos alunos e quis abrir uma escola.” Com apenas 600 reais, a paulistana ofereceu suas aulas ao pedreiro e aos filhos da locatária para bancar a reforma e o aluguel do espaço. “Dei aula até para o moço da gráfica em troca de flyers, que passei a distribuir no metrô”, conta. “Cheguei com o chão cheio de baratas e mofo, mas entrava lá como se estivesse no Palácio de Versalhes.”

Da salinha de 12 metros quadrados, ela logo precisou migrar para um espaço maior. “Inaugurei dias após ter feito uma cesárea, com pontos e a barriga ainda cortada.” Antes de descobrir a vocação, Anna passou por sete cursos de faculdade. “E desisti de todos! Cheguei a querer ser médica, pois na época pensava que medicina dava dinheiro e professor seria pobre.”

Hoje viciada em carros e viagens — só à Disney já foi dezesseis vezes —, ela diz ter vivido uma infância simples. “Quando compramos nossa primeira cama, lembro do meu pai picotando uma espuma que usávamos para dormir juntos. Ele tinha muitas dificuldades financeiras, mas fazia questão de pagar nossa escola. Roupa nova, brinquedos e conforto não tive. Hoje vejo meus filhos pedindo lanche no celular, mas no meu tempo ir ao McDonald’s já era um evento.”

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Publicado em VEJA São Paulo de 14 de abril de 2021, edição nº 2733

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