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“Na Noruega, me perguntam se o Brasil tem crianças sem casa e comida”

Advogada de consulados escandinavos em São Paulo, Juliana Meyer já visitou a rainha sueca duas vezes e se inspira nos países nórdicos para projetos sociais

Por Humberto Abdo
29 out 2021, 06h00
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  • Ao cursar direito, Juliana Meyer Gottardi, 44, ainda não imaginava que a carreira lhe daria a chance de conhecer uma rainha. De Curitiba, ela se mudou, aos 25 anos, para São Paulo e hoje presta assessoria jurídica aos consulados e grupos nórdicos que trabalham com o Brasil.

    “Na primeira visita ao castelo em Estocolmo, perguntaram por e-mail se eu estava disponível para falar com vossa majestade, a rainha Sílvia… Como se eu fosse checar minha agenda para confirmar um convite desses”, brinca.

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    A conversa com a monarca sobre projetos sociais e o contato com a cultura escandinava inspiraram seu trabalho como atual presidente da Rede Cultural Beija-Flor, ONG que ajuda pessoas em situação vulnerável em Diadema.

    “Falar de diversidade nesses países é até visto como ‘brega’, pois estão bem à frente de nós nesse sentido. E desigualdade é motivo de surpresa: lembro até hoje de um menino na Noruega me perguntando se era verdade que existe criança sem comida e casa no Brasil.”

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    Publicado em VEJA São Paulo de 3 de novembro de 2021, edição nº 2762

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