Em agosto, chega às livrarias “A Ira de Nasi” (Ed. Belas Letras), biografia do vocalista do Ira!, que promete revelar o motivo real do fim da banda, em 2007. A dissolução teria ocorrido por causa de um triângulo amoroso entre Nasi, o guitarrista Edgard Scandurra e uma bailarina. Na entrevista a seguir, os dois ex-parceiros comentam o assunto.
VEJA SÃO PAULO — O que o livro contará que os fãs não sabem?
Nasi — Em 1995, tive um caso com uma bailarina, que era noiva do Edgard. Ele nunca esqueceu o fato. Em meados dos anos 2000, o cara trazia o assunto à tona toda hora. Isso desgastou nossa relação e fez a banda acabar.
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VEJA SÃO PAULO — Conversaram sobre o caso na época?
Nasi — Logo depois que ele descobriu o chifre, ela foi para a Espanha e nós fomos para uma turnê no Japão, que foi ótima. Na volta, tudo estava tão bem que empurramos o problema para debaixo do tapete.
VEJA SÃO PAULO — Você e Edgard se falam atualmente?
Nasi — Não. Mas estou aberto para retomar nossa amizade. Eu o admiro muito. Mas a volta do Ira! está descartada.
VEJA SÃO PAULO — Por quê?
Nasi — Depois de tantas brigas, não acho que faríamos um bom som.
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VEJA SÃO PAULO — Nasi disse que o fim do Ira! se deu por causa de um triângulo amoroso…
Edgard — A banda acabou porque, após gravarmos o “Acústico MTV”, Nasi começou a se sentir o mais importante do grupo, exigindo hotel, camarim e uísque diferentes dos nossos. Eu o perdoei pela traição, mas ele deve ter um problema de consciência com esse caso.
VEJA SÃO PAULO — Vai ler o livro?
Edgard — Não. Sei que a biografia falará muito de mim, pois fui importantíssimo para ele. Se Nasi teve 2.000 garotas na vida, 1.800 foram graças às músicas que compus para ele cantar. Na minha história, só dedicaria uma página a ele.
VEJA SÃO PAULO — Voltaria com o Ira!?
Edgard — Só se fosse num show para acabar com a fome do mundo.
VEJA SÃO PAULO — Reataria a amizade com Nasi?
Edgard — No máximo, posso voltar a cumprimentá-lo, pois não gosto de ter inimigos.