Depois do balé, veio o samba. Nascida em Pittsburgh, nos EUA, a dançarina Maria Caruso, 40, conheceu São Paulo pouco antes da pandemia e se apaixonou pelos brasileiros. “Foi uma viagem de última hora, após ter feito minha turnê. Acabei fazendo seis performances na capital e aproveitei para aprender a sambar”, diverte-se. Sua primeira visita serviu de inspiração para lançar uma bolsa de estudos com investimento total de 457 000 dólares, incentivo para que os brasileiros selecionados possam treinar na Pensilvânia.
O contato com a dança, desde pequena, nasceu “como terapia” para aceitar o próprio corpo e lidar com a relação dos pais — que foram casados e divorciados três vezes. Seu solo, Metamorphosis, também é resultado dessa experiência. “Algumas cenas têm direito a arranhões no pescoço e remetem a esses traumas”, resume.
Nas folgas, ela pratica atividades ao ar livre. “Acabei de aprender a dirigir um carro manual, estou me arriscando na moto e gosto de pescar e escalar montanhas.” No dia 22, retorna à cidade para uma apresentação no Teatro J. Safra. “Não sou só uma doida que veio ao Brasil uma vez, quero criar uma relação de longo prazo.”
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Publicado em VEJA São Paulo de 22 de setembro de 2021, edição nº 2756