À frente da Tapetah, empresa de tapetes com loja na alameda Gabriel Monteiro da Silva, a empresária Ângela Leal acaba de investir na ampliação de uma das fábricas mais tecnológicas do segmento em São Paulo, em Terra Preta, perto de Mairiporã. Com energia solar e novas tecnologias, o espaço endossa a aposta da executiva em tapetes de tecido, que possibilita a impressão de qualquer desenho ou modelo.
“Existe uma ditadura no mercado por tapetes fofos e felpudos, mas aos poucos os profissionais estão vendo a vantagem de desenhar modelos próprios e exclusivos”, diz. Modelos exclusivos fabricados por Ângela participaram de mais de cinco ambientes da CASACOR deste ano e na sala VIP do aeroporto de Guarulhos, assinado por Carlos Rossi.
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Ângela nasceu em uma casa de palha na beira do rio, em uma cidade interiorana da Bahia, onde cuidou dos irmãos dos cinco aos doze anos de idade. Alfabetizada sozinha por uma cartilha de estudo, foi morar em Salvador aos treze anos para cuidar de uma sobrinha, quando entrou em uma escola pela primeira vez.
Entre idas e vendas na casa de parentes, conseguiu o primeiro emprego como vendedora de seguro e passou por várias empreitadas, entre elas como garçonete de exposição de gados e distribuidora de marmitas. Aos 35 anos, descobriu o universo dos tapetes. “Notei que o sisal era vendido como um forro, sem qualquer valor agregado, então fiz parceria com uma artista para abrir meu ateliê na Vila Madalena, onde vendia os produtos pintados”, relembra.
O crescimento da empresa fez com que Ângela trouxesse sua mãe, irmãos e sobrinhos para São Paulo. Desde então, realizou parcerias com designers como Alex Bigelli, Claudia Colagrande e Hans Donner. “Minha mãe era filha de negra, pobre e analfabeta, mas me inspirou a buscar o sucesso com muito trabalho.”
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