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Notas exclusivas sobre artistas, políticos, atletas, modelos, empresários e pessoas de outras áreas que são destaque na cidade. Por Humberto Abdo.

A cegonha de Peruíbe: artesã faz sucesso vendendo bonecas hiper-realistas

Chamadas de bebês 'reborn', criações atraem crianças e colecionadoras, que cuidam das peças como se fossem filhos de verdade

Por Humberto Abdo
13 Maio 2022, 06h00
Silvana Rosa, a "cegonha" de Peruíbe, posa com roupa vermelha de decote e boneca realista no colo. Sorri e tem cabelos loiros longos.
Silvana Rosa, a "cegonha" de Peruíbe. (Tim Fotógrafo/Divulgação)
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Na lista de ocupações adquiridas durante a pandemia, Silvana Rosa, 52, investiu em uma das mais inusitadas. Não é bolo no pote nem crochê, e sim réplicas de bebês. Com bonecas hiper-realistas feitas de silicone, os chamados bebês reborn são uma vertente cada vez mais popular nas redes sociais entre colecionadoras e algumas crianças, atraídas pelos rostinhos quase humanos — e, para quem não está acostumado, um tanto quanto sinistros, de tão parecidos.

“Comecei fazendo esculturas em biscuit até que minha sogra me presenteou com esse curso”, conta a artesã, que passou a ser conhecida como a “cegonha” de Peruíbe. “Hoje tenho uma fila de espera enorme porque só consigo produzir uma por semana. São várias camadas de tinta para imitar as imperfeições de pele, até uma picadinha de mosquito.”

A brincadeira, que pode custar entre 1 200 e 5 000 reais por boneca, é levada a sério pelas compradoras mais devotadas. “Elas seguem uma rotina de bebê de verdade, com passeios no shopping e até trocas de roupas.”

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Publicado em VEJA São Paulo de 18 de maio de 2022, edição nº 2789

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