Desilusões amorosas tendem a tornar a pessoa mais exigente na hora de escolher uma nova companhia para namorar e, quem sabe, casar. Não pode fumar, tem que dar atenção para minha família, passar o domingo comigo, deixar ver o celular, me atender quando eu ligo, ter pós-graduação, praticar esportes…
As exigências vão ficando cada vez mais específicas a cada novo relacionamento. Acontece que, por mais que haja cuidado em garantir que todas as expectativas sejam correspondidas, as pessoas acabam caindo em novas desilusões.
Pois bem, vou apresentar aqui uma lista infalível de itens a serem observados no(a) possível parceiro(a) para garantir um relacionamento feliz. Aí vai:
1) Não pensar apenas em si mesmo(a).
2) Ser honesto(a) comigo.
3) Manifestar o que sente por mim.
4) Não me fazer tantas exigências uma vez que sou um indivíduo autônomo e sei fazer minhas escolhas. Se estou com ele(a) é porque eu quero.
5) Compartilhar comigo as coisas bacanas e as difíceis também.
6) Não tolher minha liberdade.
7) Não esperar que eu seja a razão e única fonte de sua felicidade.
8) Confiar em mim.
9) Saber dialogar.
10) Sentir amor por mim.
Se a pessoa com quem você pensa em namorar/casar atender a esses dez itens, você tirou a sorte grande. Dificilmente irá se decepcionar com ele(a).
Acontece que, mesmo quando se verifica meticulosamente essa lista antes do início do relacionamento, ele pode mergulhar em um cotidiano de stress e infelicidade. Assim, para que a checklist realmente funcione, há ainda um critério a ser seguido. Explico. Antes de verificar se seu(sua) potencial parceiro(a) passa pela prova… pense a respeito de si próprio. Simples assim. Verifique se você mesmo atende aos itens listados. Se sim, vá adiante e seja feliz. Do contrário, certamente você não está pronto para um relacionamento saudável.
É a máxima de Gandhi: “Seja você mesmo a mudança que deseja ver no mundo”. Vale o mesmo para relacionamentos. Seja você o tipo de pessoa que você quer ter como companheiro(a). Viver o amor depende simplesmente de querer compartilhar parte de sua vida com o outro sem deixar de ser você mesmo e, portanto, sem esperar que o outro deixe de ser quem é para estar com você. Amor é celebração da vida… sem cobranças, expectativas ou controle.
Amor é liberdade. Nossa cultura ocidental, que reforça o padrão do amor romântico (aquele de conto de fadas, cheio de exigências), deixa-nos com a visão turva e tendemos a reproduzir este mesmo padrão de amor romântico, acreditando que ele seja uma entidade mais forte que tudo e, sendo verdadeiro, faria com que o casal supere qualquer dificuldade. Ao só esperar esse curso, acabamos nos esquecendo de amar no dia-a-dia.
Sem perceber, acabamos com o amor que existia até então. Na ânsia de viver um amor genuíno, buscamos cada vez mais aquela pessoa que seria a perfeita para vivê-lo, aquela que tem o poder de nos fazer felizes. Se não prestarmos atenção, podemos repetir este ciclo indefinidamente. Melhor mesmo é largar tanto peso e caminhar com leveza. No fim, nenhuma checklist é necessária. Portanto, se quiser realmente ser feliz no amor, simplesmente ame.