Peça homenageia coletivo Dzi Croquettes que rompeu barreiras na ditadura
Criada por Ciro Barcelos, ex-integrante, remonta a história do grupo que fez história na cultura brasileira

Irreverentes, provocadores e revolucionários, os Dzi Croquettes marcaram a história da cultura brasileira. Em plena ditadura, o grupo de teatro e dança chocou e encantou plateias ao usar o próprio corpo como forma de expressão artística e resistência política.
Criado em 1972 por Wagner Ribeiro e Lennie Dale, o coletivo fez da androginia, dos figurinos exuberantes e da maquiagem carregada sua marca registrada — o que o levou a ser censurado e exilado em Paris entre 1973 e 1976, onde fez sucesso e contou com o apoio de Liza Minnelli.
Dzi Croquettes Sem Censura, criação de Ciro Barcelos, ex-integrante da formação original, remonta essa trajetória e mergulha nos bastidores de um dos coletivos artísticos mais inovadores do país. A montagem celebra a linguagem cênica do grupo, que rompeu barreiras ao mesclar teatro, dança e música, e cuja influência ecoa até hoje.
E, além da homenagem, procura revelar os dilemas da vida em comunidade, a coragem diante da repressão e o legado afetivo de uma geração que ousou sonhar e lutar. Ciro também está em cena, acompanhado por André Habacuque, Akim, Bruno Saldanha, Celso Till, César Viggiani, Daniel Suleiman, Fernando Lourenção, Jonathan Capobianco, Juan Becerra e Kaiala.
(150min). 16 anos. Teatro Itália. Avenida Ipiranga, 344, República, ☎ 5468-8382. → Qui. a dom., 20h30. R$ 160,00 e R$ 80,00 (meia). Até 27/7. sympla.com.br.
Publicado em VEJA São Paulo de 13 de junho de 2025, edição nº 2948