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O Sexo e A Cidade

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Histórias, novidades e estratégias dos empresários do mercado erótico em São Paulo

“Corno manso”, “novinhas nuas” e outros sucessos do Sexlog

Um homem na faixa dos 40 anos surge em uma webcam na Sexlog.com, maior rede social erótica brasileira, que promove encontros virtuais ou reais. Ele pergunta sobre qualidades físicas dos outros usuários interessados em viver uma aventura com sua “novinha nua”. A tal “novinha” parece ter cerca de 40 anos e, despida, exibe belas formas (nunca o rosto) em um corpo […]

Por Ana Carolina Soares
Atualizado em 26 fev 2017, 14h27 - Publicado em 16 out 2015, 20h09
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Um homem na faixa dos 40 anos surge em uma webcam na Sexlog.com, maior rede social erótica brasileira, que promove encontros virtuais ou reais. Ele pergunta sobre qualidades físicas dos outros usuários interessados em viver uma aventura com sua “novinha nua”. A tal “novinha” parece ter cerca de 40 anos e, despida, exibe belas formas (nunca o rosto) em um corpo certamente moldado por horas diárias na academia. “Esse termo é um dos apelidos mais populares na nossa rede social, mas não significa necessariamente faixa etária”, diz Mayumi Sato, diretora de marketing do canal (e não é parente da apresentadora Sabrina Sato). Ela conta que têm entre 35 e 45 anos de idade a maioria dos seus 5 milhões de usuários cadastrados no Brasil (600 000 só em São Paulo, a cidade que concentra o maior número de consumidores). E para deixar crimes fora do negócio, especialmente a pedofilia, não são aceitos menores de 18 anos.

+ A história da vendedora que virou empresária do mercado erótico e vai faturar 500 000 reais neste ano

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Mayumi Sato, diretora de marketing: “Ao contrário de outros mercados, somos beneficiados em tempos de crise, porque as pessoas saem menos e buscam entretenimento barato em casa” (Foto: Rogério Lopes/Reprodução Facebook)

A empresa começou em 2010 em Bauru, no interior do estado, conta com quarenta funcionários e pertence a dois sócios: um paulistano que vive em Florianópolis e um carioca, morador de Miami. O nome deles é mantido em sigilo até para parte da equipe, que se refere a ambos como “Charlie”, o poderoso chefão misterioso do seriado As Panteras. Eles também fazem mistério em relação a faturamento. Depois de muita conversa, Mayumi revela que estimam um crescimento de 20% em 2015 e pretendem incrementar esse número em 15 milhões de reais só no primeiro semestre de 2016. Há dois meses, a Sexlog decidiu investir no exterior. Em agosto, abriu nos Estados Unidos e já conta com 1 300 cadastrados. Em setembro, começou a operar na Itália e tem 150 adeptos. “Ao contrário de outros mercados, somos beneficiados em tempos de crise, porque as pessoas saem menos e buscam entretenimento barato em casa”, conta Mayumi. Um assinante premium, com acesso a webcam ao vivo, paga 50 reais por mês.

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+ As principais novidades do mercado erótico

Bem, números do negócio revelados, vamos aos sete hits do canal:

1) Além de “novinha nua”, “corno manso” é um dos nicks mais comuns daquela rede. Segundo dados da rede, 28% dos usuários são casais em busca de swing ou sexo grupal. Normalmente, os homens oferecem suas mulheres na webcam

2) Kid Bengala (sim, o famoso ator pornô brasileiro) teve seu perfil deletado duas vezes do Sexlog, segundo o próprio site. “Não admitimos fakes no site e ele precisou ligar a webcam para a gente para provar que era o próprio”, diz Mayumi. Seus nudes fazem o maior sucesso por lá

3) O “Coroas Bonito” (sic), um casal de 60 anos de idade, é bem popular. As fotos deles e cada acesso na webcam conta com mais de 10 000 curtidas

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4) Apesar da maioria dos usuários buscar sexo real ou virtual, usuários que ostentam um perfil muito explícito normalmente ficam no “zero a zero”. “Não dá só para mostrar ‘selfie da virilha’, a pessoa precisa mostrar seu quarto ou fotos de viagens, para revelar a personalidade”, diz Mayumi

5) Muitas cam girls (garotas que se exibem na câmera e cobram dinheiro por isso) nasceram no Sexlog. As estrelas de lá são Ariany Lins (uma loira bonita que aparenta uns 35 anos), a Pin Up Tatuada (uma garota bem acima do peso, mas igualmente estilosa) e a Japa, uma bela mestiça

+ Confira as principais notícias da cidade

6) A parte mais misteriosa dos usuários é o rosto. A maioria ostenta selfies de seus genitais, mas apenas 10 000 cadastrados mostram a cara

7) O canal também volta e meia realiza enquetes com seus usuários. A mais recente, foi divulgada em setembro, no dia do sexo (6/9). Os dados mais curiosos são:

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– Práticas relacionadas ao swing ganharam destaque no quesito “estilo favorito de transa”:

28% Troca de casal e sexo em grupo

25% Sexo selvagem

24% Sexo romântico

23% Outros estilos

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– Na hora de escolher a camisinha, o que faz a diferença:

69% látex ultrafino

17% cheiros e gostos diferentes

7% textura

7% tamanhos menores ou extralargos

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– Para apimentar na hora da transa, alguns artigos preferidos em ordem de menções:

1° lugar: Lingerie sensual

2° lugar: Gel especial

3° lugar: Comida

4° lugar: Algemas

– E olha só o nível de “autopromoção” dos usuários: 75% dos entrevistados jura que tem pelo menos um orgasmo por dia

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